São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995 |
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Empregadas são mães solteiras
AURELIANO BIANCARELLI
O computador do posto médico de Trombetas indica que só em abril 18 delas ficaram grávidas. Quinze eram solteiras que não sabiam -ou não queriam dizer- quem era o pai da criança. Trata-se de um mais altos índices de mães solteiras do país. As empregadas vêm de cidades vizinhas como Oriximiná, Óbidos e Santarém. Trabalham e dormem nas famílias dos funcionários da mineradora. ``A maioria faz o parto em Trombetas depois retorna à cidade de origem", diz a enfermeira Jacirema dos Santos. ``Deixam o filho com a avó e em seguida voltam em busca de outro trabalho. A maioria fica grávida de novo." Por ser uma cidade fechada, Porto Trombetas controla a saúde das empregadas quando entram. Depois, muitas deixam de comparecer para os exames de rotina. Só no ano passado, 215 novas empregadas chegaram a Trombetas. ``Os `peões' não gostam de usar camisinha", diz Jacirema. De tempos em tempos, ela reúne os adolescentes e rapazes para falar da importância do preservativo. Pesquisa feita há três anos mostrou que 50% dos `peões' tinham alguma doença venérea. (AB) Texto Anterior: Moças conquistam em inglês Próximo Texto: Aluna reclama de reajuste escolar Índice |
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