São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995
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Ex-árbitro afirma que aceita trocar "troféu"

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O ex-juiz Armindo Tavares de Pinho disse que aceitaria trocar com Pelé a bola do milésimo gol pela do gol número 1.001, feito no Maracanã, contra o Vasco. ``Seria uma honra", disse.
Pinho guarda há quase 26 anos a bola utilizada no jogo realizado entre Botafogo-PB e Santos, em João Pessoa (PB), em 1969.
O ex-juiz disse ter até hoje ``as melhores lembranças possíveis" daquela partida, vencida pelo Santos por 3 a 0.
``A festa foi tão grande que o jogo, marcado para as 20h30, só começou às 22h", afirmou.
O milésimo gol de Pelé -contabilizado como o 999º de sua carreira- foi marcado de pênalti, aos 23min do segundo tempo daquela partida.
Segundo Pinho, Pelé não queria cobrar, mas foi convencido por Carlos Alberto Torres, então capitão do time.
Depois do gol, disse o ex-juiz, o jogador não queria mais tocar na bola.
Pinho acredita que tudo foi combinado para que o atleta tentasse marcá-lo no Maracanã.
Até mesmo a substituição do goleiro por Pelé, afirmou, já havia sido acertada pelo então técnico do Santos, Antoninho. ``Eu ouvi a conversa dele com os jogadores no vestiário", afirmou.
``Antoninho disse que se o goleiro saísse, Pelé iria para o gol".
A substituição, disse Pinho, provocou a ira da torcida, que passou a vaiar Pelé. ``Todo mundo esperava mais um gol dele".
As vaias, disse o ex-juiz, foram substituídas por aplausos quando o jogador defendeu uma bola chutada por um adversário.
``Quando o jogo acabou, peguei a bola, levei e guardei. Ninguém reclamou até hoje".
(FG)

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