São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995
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Categoria quer evitar punições

CRISTIANE PERINI LUCCHESI; GEORGE ALONSO
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A BRASÍLIA

O grande impasse nas negociações entre os petroleiros e o governo é a questão das demissões dos grevistas. As lideranças já admitem até deixar as reivindicações econômicas para depois, desde que o Congresso, que entrou nas negociações, funcione como avalista destes entendimentos futuros.
``Nós colocaríamos a proposta de volta ao trabalho às assembléias, desde que tivéssemos a garantia de que não haverá punições", afirmou o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, Antônio Carlos Spis.
A Petrobrás demitiu 12 petroleiros em outubro do ano passado e mais 59 nesta greve. Há outros 26 cortes, não confirmados, na Replan, refinaria em Paulínia (120 km a noroeste de SP).
Os líderes grevistas aceitam também discutir, após o término da greve, o parcelamento dos descontos dos dias parados.
A Folha apurou que Tasso Jereissati (PSDB), governador do Ceará, ligou para Spis e propôs a formulação de cancelamento das demissões, mas com a ressalva de que ``os envolvidos em badernas" não seriam beneficiados.
Até o fechamento desta edição, o governo mantinha-se inflexível nessa última proposta de Jereissati.
(Cristiane Perini Lucchesi e George Alonso)

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