São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995
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Postos podem conceder férias coletivas

ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO

A Fecombustíveis (Federação Nacional de Comércio de Combustíveis) está recomendando aos proprietários de postos de abastecimento dos Estados mais atingidos pela greve dos petroleiros que promovam férias coletivas de seus funcionários.
A razão: sindicatos regionais de distribuidoras comunicaram ontem à Fecombustíveis que os donos de postos, assustados com os prejuízos dos últimos dias, já pensam em demissões em massa.
Pelo menos 80% dos postos de abastecimento em São Paulo e no Rio estão tendo problemas com um dos três combustíveis.
A CEG (Companhia Estadual de Gás) informou ontem que o abastecimento de gás natural para residências e para o comércio do Estado está normalizada.
O número de indústrias atingidas pela redução no fornecimento de gás natural caiu ontem para 20. Anteontem, 22 indústrias sofriam racionamento de gás.
A CEG informou também que está distribuindo mais de 1 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia. Normalmente, são distribuídos 1,2 milhão.
A produção de petróleo ontem foi de 385 mil barris, o que corresponde a 52% da produção normal, segundo nota divulgada pela Petrobrás às 18h50.
Anteontem, a empresa produziu também 385 mil barris. O gás natural para comercialização situou-se em 8,9 milhões de metros cúbicos por dia, o que corresponde a 80% da produção normal.
Segundo a nota, o refino de petróleo foi de 596 mil barris (39% do normal) ``em decorrência de elevação do processamento da Refinaria de Paulínia (São Paulo)".
A Petrobrás diz que a produção de petróleo na Bacia de Campos foi de 220 mil barris (44% do normal). O Sindicato dos Petroleiros de Macaé (184 km do Rio) avalia que a produção foi menor.
``O refino de petróleo está na marca dos 25% e a produção de petróleo um pouco mais do que isso", disse Gilberto Puig, diretor do sindicato.

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