São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Guardas-civis matam 2 PMs em SP
ANDRÉ LOZANO
A GCM (Guarda Civil Metropolitana) abriu sindicância. A Corregedoria da Polícia Militar abriu investigações (leia texto ao lado). O caso ocorreu na avenida professor Alípio de Barros, no Itaim Paulista (zona leste), após um assalto frustrado. O ladrão fugiu. Às 22h, após o expediente, os policiais militares Robson Silva Rodrigues, 28, Elias Bezerra da Costa, 36, e Hebert Nunes Godoi, 26, se dirigiram, no Voyage de Rodrigues, à casa de Godoi, no Itaim Paulista. À 0h30, Rodrigues resolveu ir embora. Segundo ele, quando entrou em seu carro, um homem se aproximou e o assaltou. O ladrão teria entrado no veículo e mandado que o PM arrancasse, antes que Rodrigues tirasse a trava de segurança da direção. O carro se desgovernou, bateu em um Monza estacionado na avenida Alípio de Barros e depois caiu no córrego existente no local. O ladrão fugiu. Rodrigues, que ficou ferido no acidente, foi socorrido pelos dois colegas PMs, que o levaram de volta à casa de Godoi. O proprietário do Monza acordou com o barulho e comunicou o fato ao guarda civil Mattos, que passava pelo local em seu carro particular, mas fardado. Segundo o delegado Valter Pereira Cesar, do 59º DP, Mattos pediu reforço à GCM. Ele ligou de uma cabine telefônica na mesma rua, na altura do número 500. Logo após Mattos ter feito o telefonema, os dois policiais militares que haviam socorrido Rodrigues se aproximaram da cabine. "Eles foram comunicar o assalto", disse o delegado. O reforço solicitado por Mattos chegou no momento em que os dois PMs ainda telefonavam. Eles estavam armados com revólveres da Polícia Militar. "Moradores se adiantaram e informaram aos guardas civis que os ladrões estavam próximos à cabine", disse o delegado Cesar. O carro da Guarda Civil, que estava na pista oposta à da cabine, fez o retorno e se aproximou dos PMs. No carro estavam os guardas civis Francisco Bernardini, 25, e Irapuran Alves dos Santos, 22. "Os guardas civis chegaram e pediram para os homens que estavam na cabine levantarem as mãos. Eles disseram que eram PMs, mas os guardas passaram a atirar, acertando os dois", disse o comerciante Pedro Santino dos Santos, que testemunhou o fato. Segundo os guardas civis, houve tiroteio porque os PMs teriam disparado quando o carro da GCM se aproximou. O delegado Cesar requisitou exame de balística para verificar quem atirou em quem. Texto Anterior: Câmara recebe projeto sobre plano de saúde; 450; Justiça do RS condena homem por explosão; Policiais apreendem 100 kg de maconha; Acusados de roubar bancos são presos Próximo Texto: Guarda e PM vão investigar Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |