São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995 |
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Delegado acusa Guarda de inexperiência
ANDRÉ LOZANO
Eles teriam suposto que os dois PMs que estavam telefonando fossem ladrões. ``É impossível que um ladrão volte ao local do crime, minutos depois, para dar um telefonema. Os policiais deveriam ter avaliado isso", disse o delegado. Esse foi o motivo, segundo o delegado, pelo qual indiciou (denunciou formalmente) o guarda-civil Carlos Cesar de Mattos por crime de homicídio. ``O policial que assumiu ter atirado exerceu sua função com negligência. Ele teve tempo suficiente para estudar a situação", afirmou Cesar. O delegado instaurou outro inquérito para apurar a procedência do Voyage do PM Robson Silva Rodrigues, que teria sofrido a tentativa de roubo. Segundo ele, a placa do veículo (UV-0811, de São Paulo) consta como pertencente a uma Toyota, e não a um Voyage. O coordenador da GCM (Guarda Civil Metropolitana), coronel Luiz Gonzaga de Oliveira, considerou uma ``fatalidade" o incidente envolvendo guardas-civis e policiais militares. ``Os relatórios preliminares mostram que não houve um confronto entre corporações, mas uma fatalidade envolvendo alguns policiais", disse Oliveira. Segundo ele, o Comando da GCM instaurou sindicância administrativa para apurar a responsabilidade dos três guardas civis envolvidos. ``Os outros dois foram afastados de suas funções", disse. O chefe da Comunicação Social da Polícia Militar, coronel Roberto Lemes, disse que ``mais uma vez a Guarda Civil Metropolitana foi além de suas atribuições". Lemes informou que o caso será investigado pela Corregedoria da Polícia Militar. ``Pela Constituição, a função da GCM é guardar os bens públicos, e não praticar o policiamento ostensivo", disse Lemes. Segundo o coordenador da Guarda Civil Metropolitana, ``quando alguém solicita o atendimento da GCM, a corporação não pode se negar a atendê-lo". Texto Anterior: Tentativa frustada de roubo gerou incidente Próximo Texto: Procurador vê irregularidade Índice |
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