São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995 |
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Forno de preaquecimento explode na Replan
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
A retomada da produção começaria mesmo com a manutenção da greve os petroleiros, definida em assembléia pela manhã. Os danos causados pelo acidente impossibilitam o funcionamento da unidade de craqueamento por pelo menos 48 horas, o que deve atrasar a chegada de gasolina e gás ao consumidor, segundo Benedito Cardella, engenheiro de operações da Replan. O acidente ocorreu às 1h30 e provocou uma hora de incêndio. Não há registros de vítimas. Segundo a refinaria, as causas ainda estão sendo apuradas. A empresa adiantou que houve falha técnica. O presidente do Sindicato dos Petroleiros de Campinas e região, Silvio José Marques, 41, disse que o acidente aconteceu por causa do trabalho de pessoas não habilitadas. Mas confirmou que cinco operadores desistiram da greve e trabalhavam ontem na unidade. Gustavo Paim Valença, professor de engenharia química da Unicamp, disse que há a possibilidade de o incêndio ter sido provocado pela existência de ar dentro do forno de preaquecimento. ``O forno estava fora de operação há algum tempo e o gasóleo, que estava muito quente, pode ter provocado a explosão ao entrar em contato com o ar", disse. O coordenador da Federação Única dos Petroleiros, Antônio Carlos Spis, culpou ontem o governo pela explosão do forno. ``O governo colocou um bando de mercenários irresponsáveis para dar início às operações da refinaria só para dizer que a produção estava voltando ao normal. Esses mercenários não têm treinamento e trouxeram prejuízo à União." Colaborou a enviada especial a Brasília Texto Anterior: Grevistas ocupam refinaria na Bahia e param produção Próximo Texto: Petroleiro diz que sofreu atentado Índice |
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