São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
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Quércia evita reunião de líderes da oposição

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador paulista Orestes Quércia (PMDB) recusou ontem convite do presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, para participar de reunião amanhã, em Brasília, contra a quebra do monopólio do petróleo.
Os dois conversaram ontem em São Paulo por telefone. No último dia 28, Quércia fez duras críticas às reformas do governo e acenou com a possibilidade de participar da campanha pró-monopólio.
Conversa
Na conversa com Lula, Quércia afirmou não ser contra as reformas. Mas disse que elas estão sendo ``conduzidas de forma irresponsável e inoportuna".
O ex-governador disse ter aproveitado a convenção paulista do PMDB, dia 28, para ``alertar o partido sobre a irresponsabilidade" do governo Fernando Henrique Cardoso.
``O governo está querendo fazer privatizações para pagar os juros de sua política suicida, que está paralisando o país", disse.
Apesar de discordar da proposta de fim dos monopólios, Quércia diz que não vai pedir a deputados do PMDB para votar contra as reformas. ``Apelo para o voto de consciência de cada um", disse o ex-governador.
O líder do governo na Câmara, Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), acredita que haverá menos peemedebistas votando contra a quebra do monopólio do petróleo do que das telecomunicações.
Para ele, no máximo 20 peemedebistas votarão contra a proposta do governo. Na votação das telecomunicações, a dissidência do PMDB chegou a 27 deputados.
Segundo Santos, o governo só terá uma ``maioria folgada" no caso do petróleo se o quórum da votação for alto -em torno de 500 deputados presentes.

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