São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
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Ministro da Saúde opera o da Educação

PAULO SILVA PINTO

PAULO SILVA PINTO; JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
O ministro Adib Jatene (Saúde), 65, opera hoje o ministro Paulo Renato Souza (Educação), 49, vítima de problemas de obstrução em artérias coronárias. Essas artérias são responsáveis por irrigar o coração. Jatene é cardiologista.
A cirurgia será feita, pela manhã, no Incor (Instituto do Coração), que pertence à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Paulo Renato foi internado ontem à tarde no hospital.
No Incor, o ministro da Educação foi submetido a uma cineangiocoronariografia (cateterismo), que é um exame no qual se introduz um cateter (cânula) nas artérias do coração para identificar obstruções nas coronárias.
Às 20h50, o diretor-clínico-geral do Incor, Fúlvio Pileggi, disse que os exames identificaram lesões em três artérias.
O grau de obstrução atinge 90% em uma das artérias, 60% em outra e 45% na terceira.
Adib Jatene disse à Folha, após tomar conhecimento desses resultados, que a cirurgia da qual será responsável é para substituir esses vasos sanguíneos.
Serão transplantadas para o local duas artérias mamárias (que ficam no tórax) ou veias safenas, retiradas da perna do paciente. ``É uma operação simples. Eu já fiz milhares como esta", disse o ministro-cardiologista.
A assessoria do Ministério da Educação informou que Paulo Renato reclamou de ``mal-estar" ontem de manhã. Achou que era apenas um sinal de estresse.
Às 11h, ele se encontrou com Jatene no Ministério da Saúde para tratar de assuntos de governo.
Ao ouvir as queixas de Paulo Renato, seu colega aconselhou-o que fosse para o Incor.
O ministro da Educação passou em seguida por um eletrocardiograma (exame em que se verifica a frequência dos batimentos cardíacos) no Senado e uma consulta médica no Palácio do Planalto.
O médico José Geraldo de Souza, da Presidência da República, examinou Paulo Renato e, após conversar com o ministro Jatene por telefone, definiu que ele deveria viajar imediatamente para a capital paulista.
Às 14h, Paulo Renato deixou Brasília em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) acompanhado de sua mulher, Giovanna.
À noite, conversou com o presidente Fernando Henrique Cardoso por telefone.

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