São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
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Desvio permitiu inauguração em 94

RAIMUNDO DE OLIVEIRA
DA FOLHA VALE

O presidente da Dersa, Stanislav Feriancic, disse que vai tentar negociar a prorrogação do contrato com três fazendeiros para a utilização do desvio de 1,8 quilômetro no km 75 da Carvalho Pinto.
O desvio foi feito para permitir que a estrada fosse inaugurada antes da conclusão de quatro túneis que ainda estão em obras. O contrato foi feito em outubro de 94 e termina em outubro deste ano.
Pelo contrato, a Dersa conseguiu a permissão dos fazendeiros para usar as terras para construção do desvio e se propôs a devolver o terreno com a estrada asfaltada.
À época, o então presidente da Dersa, Álvaro Gabriele, disse que o desvio foi feito porque seria um ``crime reter a entrega da estrada por causa de um trecho pequeno".
O atual presidente da Dersa, Stanislav Feriancic, disse que o desvio precisou ser feito porque a obra não seguiu regras básicas de construção: ``Os túneis (seis) tinham de ser tocados ao mesmo tempo para minimizar gastos".
A área foi cedida em regime de comodato -forma jurídica que estabelece a cessão de um bem por um tempo determinado.
O fazendeiro Renato de Oliveira Ferreira Coelho admite negociar o contrato, mas disse que ainda não foi procurado pela Dersa.
``Se não me procurarem até outubro, eu vou cortar as cercas e soltar o meu gado na estrada", disse o fazendeiro.
Luís Carlos Mendes Caldeira, dono da fazenda Itapeva também admite renegociar o prazo de utilização de seu terreno.

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