São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bomba atômica provoca careca em jogador

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO ESPECIAL À INGLATERRA

A seleção japonesa tem no jogador Tasaka, 23, marcas de um episódio trágico na história do país -a bomba atômica jogada pelos EUA em Hiroshima, pouco antes do fim da 2ª Guerra Mundial.
O avô de Tasaka estava em Hiroshima quando a bomba explodiu. Sofreu mutação genética devido à radiação. Seus filhos não tiveram problemas, mas Kasuaki nasceu sem pêlos no corpo.
Por isso, nas imagens de TV, é o jogador que mais chama a atenção na equipe. Meia, hoje ele deve atuar mais recuado.
Sua ascensão foi meteórica. Só chegou ao futebol profissional em 1994, quando foi considerado um dos melhores estreantes da J-League, a primeira divisão do futebol japonês.
Antes, só havia atuado em equipes estudantis. Na Copa do Rei, disputada em fevereiro na Tailândia, marcou três gols.
Para os brasileiros, o mais familiar jogador japonês é o atacante Kazu, 28. Ele atuou nos clubes Coritiba e Santos, no Brasil. Hoje atua no Genoa (Itália). Pode ir para o Sporting (Portugal).
Ontem, ao saber do interesse do Santos em contratar o argentino Diego Maradona, Kazu disse em português: ``Assim eu também quero ir para o Santos".
A presença dos brasileiros no Japão tem reflexos na seleção. O preparador físico é Luís Flávio Buongermino, ex-Palmeiras.
Mário do Prado, também ex-palmeirense, treina os goleiros. O catarinense Paulo Roberto Falcão precedeu o japonês Shu Kamo como treinador da seleção.
Uma das principais qualidades do adversário de hoje do Brasil é o preparo físico.
Hoje de manhã, dez horas antes da partida, eles vão dar uma corridinha perto do hotel.
(MM)

Texto Anterior: CBF diz não à 'overdose Beatle'
Próximo Texto: Elogiado, Juninho quer aumento
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.