São Paulo, sexta-feira, 9 de junho de 1995
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Banespa fica sem solução

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Alkimar Moura, disse ontem que considera ``muito difícil" que seja encontrada uma solução para o caso do Banespa antes da saída do presidente demissionário do Banco Central (BC), Pérsio Arida.
Na semana passada, após anunciar sua demissão do BC, Arida disse a interlocutores que pretendia deixar encaminhada a privatização do Banespa antes de largar o cargo.
Moura disse, contudo, que as negociações com o governador de São Paulo, Mário Covas ``estão progredindo". Covas é contrário a privatização.
O Banco Central não quer abrir mão da venda do Banespa.
O diretor do BC disse também que a redução de recolhimentos compulsórios de recursos bancários, promovida anteontem pelo BC, não deve provocar a liberação de dinheiro para a economia.
A mesma posição foi endossada pelo presidente demissionário do BC, Pérsio Arida, em contato com a Folha.
Arida disse que a redução destes recolhimentos compulsórios, deve provocar, se tanto, uma redução mínima dos juros.
Tanto Moura como o diretor de Normas do BC, Cláudio Mauch, evitaram adiantar ontem como ficará o mercado financeiro do país com as medidas estudadas pelo governo com o objetivo de desindexar -reduzir a correção monetária- a economia.
``Só posso dizer que estamos estudando a poupança e o SFH (Sistema Financeiro da Habitação)", disse Mauch.

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