São Paulo, sábado, 10 de junho de 1995
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Muller quer paz com torcida palmeirense

DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Muller vestiu ontem pela primeira vez a camisa do Palmeiras, cuja torcida ele hostilizou quando atuava no São Paulo.
O jogador foi contratado por empréstimo junto ao clube japonês Kashiwa Reysol. Palmeiras e Parmalat dividiram o custo da transação, não divulgado.
O jogador cumpriu apenas quatro meses de contrato no Japão. Disse que ele e sua família não se adaptaram ao país.
Ele refutou as acusações do técnico do Reysol, o ex-jogador brasileiro Zé Sérgio, de que teria procurado a Parmalat logo depois de chegar ao Japão. ``Nunca procurei clube para jogar. Fui procurado pela Parmalat e o interesse foi recíproco", disse.
Ele afirmou estar em boa fase e que poderá jogar em dez dias, isto é, na primeira partida da fase final do Campeonato Paulista.
Muller era artilheiro do Reysol, equipe penúltima colocada no Campeonato Japonês. Fez cinco gols em sete partidas.
O atacante procurou melhorar sua imagem junto à torcida palmeirense. ``Espero corresponder com gols, ser campeão pelo Palmeiras e ter assim uma boa relação com a torcida", disse.
Mas Paulo Serdan, presidente da maior torcida organizada do clube, a Mancha Verde, disse que vai ser difícil esquecer os desaforos de Muller contra os torcedores.
Quando jogava pelo São Paulo, o jogador mandava ``bananas" para a torcida e em mais de uma ocasião chamou o Palmeiras de porco.
Muller fez exames e correu ontem à tarde, no seu primeiro treino do CT do Palmeiras. Exercitou-se com o centroavante Nílson, outro reforço do ataque palmeirense.
O jogador esteve o tempo todo acompanhado de sua mulher, Jussara.
O zagueiro Antônio Carlos, companheiro de Muller nos tempos do São Paulo, guiou o casal pelo clube.

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