São Paulo, sábado, 10 de junho de 1995 |
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Bienal abre três grandes mostras de fotografia
ANA MARIA GUARIGLIA
``Bienal Fotojornalismo 1990/95", ``Histoire de Voir" (História do ver) e ``Oliviero Toscani: dez anos de imagens para a United Colors of Benetton". O espaço foi concebido pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, de forma a interligar as exposições pela iluminação e pelas diferenças ambientais. A Bienal Fotojornalismo é uma retrospectiva histórica, com 199 fotos de 136 fotógrafos ligados a dezoito veículos de comunicação. Retratos de personalidades, cenas do cotidiano, esporte, política, violência e miséria são mostrados em seis painéis de 18 m. Algumas fotos são conhecidas pelo público, como a do ex-presidente Fernando Collor ao lado dos reis da Espanha, foto tirada por Jorge Araújo, da Folha, em 1991. Os menores que fumam e vendem ``crack" formam uma das cenas de miséria retratadas por Egberto Nogueira, da revista ``Veja". Epitácio Pessoa, da ``Agência Estado" e uma foto anônima, publicada pela Folha, mostram a ação no presídio do Carandiru, em 1992. Há registros curiosos, como o do presidente Fernando Henrique Cardoso ao lado da ``drag-queen" Isabelita dos Patins, feita por Gabriel de Paiva, de ``O Globo". A Folha está representada por dezoito fotógrafos, entre eles, Antônio Gaudério, Bel Pedrosa, Paulo Giandália, Ana Ottoni e Otávio Dias de Oliveira. História do olhar ``Histoire de Voir" traz 147 painéis que contam a história da fotografia nos últimos 150 anos. As fotos oferecem uma visão didática das várias tendências de captação de imagens. Está presente a primeira impressão, que levou mais de sete horas para ser feita: uma vista da casa do pioneiro francês Joseph Niépce (1765-1833), obtida em 1826. Entre os fotógrafos estão Lewis Carroll, Richard Avedon, Helmut Newton e Dorothea Lange. O fotógrafo italiano Oliviero Toscani exibe 40 imagens criadas para as polêmicas campanhas publicitárias da Benetton. Elas exploram temas que subvertem os padrões formais da publicidade, envolvendo questões ligadas à Aids, à guerra e à religião. Suas fotos mais recentes mostram arames farpados e antenas de TV, simbolizando as barreiras das guerras e das relações humanas. Onde: Fundação Bienal de São Paulo (Parque Ibirapuera, portão 3, tel.: 011/574-5922; zona sul) Quando: A partir de segunda; de terça a sexta, das 14h às 21h30; domingos e feriados, das 10h às 21h30); até 9 de julho Quanto: R$ 5 Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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