São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995 |
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Polícia faz maior apreensão de crack de SP
RITA MAGALHÃES
O crack é uma droga feita com cocaína e comercializada na forma de ``pedras", que são fumadas. O recorde anterior era de 3,2 kg, encontrados em São Paulo no último dia 30 de janeiro, segundo o delegado Itagiba Franco Vieira, titular do Serviço Técnico de Inteligência e Informação do Denarc (Departamento de Investigação Sobre Narcóticos). A droga apreendida ontem estava sendo trazida do Mato Grosso no meio de uma carga de madeira e está avaliada em R$ 145 mil. Quatro pessoas -três homens e uma mulher- foram presas em flagrante. Wagner Brandão do Prado, 45, e seu filho Marcelo Rodrigues do Prado, 22, além do fazendeiro João Antônio Lopes, 32, foram encaminhados à Cadeia Pública de Vila Branca. Wagner dirigia o caminhão que trazia a carga. A vendedora Cristiana Rodrigues do Prado, 22, também filha de Wagner, foi encaminhada à Cadeia Pública de Altinópolis. Os quatro vão responder a inquérito por tráfico de entorpecentes e formação de quadrilha. Os policiais chegaram até a quadrilha por meio de uma denúncia anônima feita pelo telefone 144. O denunciante informou que Brandão e os filhos traficavam crack e cocaína em Ribeirão. Segundo Marcos César Borges, delegado titular da Dise, os policiais investigaram o caso durante três meses e concluíram que o transporte seria feito nesta semana. Delegados e investigadores foram até Pontes e Lacerda, no Mato Grosso, onde acompanharam o carregamento do caminhão. O flagrante foi dado em Ribeirão porque o objetivo dos policiais era pegar todos os envolvidos. Lopes é acusado de ser o chefe da quadrilha. Dos quatro componentes do grupo, ele é o único a ter passagem pela polícia. Segundo o delegado Borges, Marcelo e Lopes seriam os responsáveis pela compra da droga na Bolívia e pela fabricação da cocaína e do crack. Cristiana venderia a droga em Ribeirão. Outro lado Os quatro acusados de tráfico de crack e cocaína foram ouvidos ontem pela Folha e negaram sua participação no crime. O motorista Wagner Brandão do Prado, que transportava a droga, disse que não sabia que estava carregando a droga. ``Transporto madeira há mais de 15 anos. Não tenho a mínima idéia de como a droga foi parar entre a carga", disse. Marcelo e Cristiana Rodrigues Prado, filhos de Brandão, afirmaram que são usuários da droga, mas negaram que estivessem envolvidos no tráfico. Texto Anterior: Polícia pode ter solução Próximo Texto: Mulher é presa com mil pedras Índice |
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