São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995 |
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Indústria alemã amplia produção em SP e GO
JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
Além de elevar este ano sua produção de gelatina bruta da marca Sargel de 2.300 para 3.000 t/ano na fábrica de Mococa (SP), a empresa deve inaugurar nova unidade em Goiás no início de 97. A Sargel é usada também pela indústria farmacêutica na produção de cápsulas de comprimidos. ``Estamos trabalhando com 100% da capacidade da fábrica em Mococa", diz Reiner Quade, diretor-geral da Sairsa-Gelita. Segundo ele, a produção foi elevada por causa do crescimento da demanda por gelatina desde o segundo semestre do ano passado. Quade estima que a empresa fature este ano US$ 17 milhões, com aumento de 42% sobre os US$ 12 milhões de 94. A matéria-prima da gelatina é a raspa da pele do boi, um subproduto do processo de preparação do couro no curtume. A Sairsa-Gelita está investindo US$ 9 milhões na implantação de sua unidade em Senador Canedo, cidade próxima a Goiânia, capital de Goiás. Em Senador Canedo está sendo implantado um pólo coureiro-calçadista. O governo de Goiás e a prefeitura local estão investindo US$ 18 milhões na infra-estrutura do pólo, que começa a funcionar no próximo ano, segundo o prefeito Tomás de Aquino Miranda. No pólo está prevista a instalação de curtumes, indústrias de gelatina e de sapatos. Tanto os curtumes como a indústria de gelatina também estão sendo atraídos pela política agressiva de incentivos fiscais praticada pelo Estado de Goiás. Segundo Pedro de Calmon, diretor do programa Fomentar, da Secretaria de Indústria e Comércio, o governo posterga por dez anos o pagamento de 70% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) às indústrias que se instalam em Goiás. A prefeitura de Senador Canedo também adia por dez anos o pagamento de tributos como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ISS (Imposto sobre Serviços). Calmon não concorda com o ataque de alguns Estados como São Paulo à política de incentivos do governo goiano. ``Se não fossem esses incentivos, continuaríamos fadados a sermos apenas fornecedores de matéria-prima para industrialização em outros Estados", diz. Texto Anterior: Focos de febre aftosa diminuem no Brasil Próximo Texto: Sem perdas; Mais de US$ 700 mi; Menos em 94; Queda livre; Importado dá fôlego; Exportação; Indústria retraída; Abaixo do mínimo; Sem pressa; Presunto espanhol; Em troca do frango; Extensão Índice |
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