São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995
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Lacraia pica mulher dentro de avião

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A bibliotecária Marilena Sarmento Barata, 56, foi picada na noite de anteontem por uma centopéia dentro de um avião da Varig, que fazia um vôo entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre.
A centopéia, animal também conhecido como lacraia, picou o pé da passageira, que foi socorrida pelos comissários, a bordo.
Assim que desembarcou na capital gaúcha, ela foi levada ao pronto-socorro em uma ambulância pedida pelo comandante do vôo. Marilena foi liberada depois de duas horas. Ontem, ela não quis comentar o episódio. À tarde, a bibliotecária iria ao médico.
Segundo o médico toxicologista Carlos Augusto Mello da Silva, 41, do Centro de Informações Toxicológicas da Secretaria Estadual da Saúde, a centopéia é um animal venenoso, mas a quantidade de veneno que libera não causa dano ao ser humano.
Conforme o médico, uma pessoa só seria afetada com gravidade no caso de ser alérgica a picadas. De qualquer modo, causa dor e irritação no local atingido.
Segundo o médico, a toxicidade liberada por uma centopéia é fatal para animais de pequeno porte, como o rato.
A assessoria de comunicação social da Varig informou que os aviões são dedetizados regularmente e que o animal pode ter sido levado para bordo por meio de um pacote de algum passageiro.
O filho da bibliotecária, Tiago, 19, disse que não havia álcool na maleta de primeiros-socorros dentro do avião.
Segundo a assessoria de imprensa da Varig, o álcool não consta dos medicamentos utilizados pela companhia.
Para a empresa, o que ocorreu ``não foi nada grave", embora tenha sido ``inusitado".

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