São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995
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Governo reajusta o gás de cozinha

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL

Aumento médio do produto no país é de 25%; em São Paulo, o reajuste foi de 28,7%
Embora tivesse afirmado que não aumentaria as tarifas federais até o final do ano, o governo autorizou o reajuste médio de 25% no preço do gás de cozinha em todo o país desde 0h de ontem.
Este foi o primeiro aumento de preço público federal depois da implantação do Plano Real.
A justificativa para o aumento foram as pressões dos distribuidores, dos revendedores, do setor de frete e da necessidade de redução do subsídio da Petrobrás ao GLP (gás liquefeito de petróleo).
Na cidade de São Paulo o botijão de 13 kg está 28,7% mais caro. Com o aumento, o botijão passou a custar R$ 5,07 no balcão das distribuidoras (até domingo, R$ 3,94). Esse preço é tabelado.
Na entrega domiciliar o preço médio é de R$ 7,20 na capital paulista (mais 29,96%). Esse preço pode ser maior ou menor, dependendo da distribuidora.
Os 29,96% levam em consideração os R$ 7,20 de ontem em relação aos R$ 5,54 cobrados até dia 6 deste mês. No dia 7 o preço já tinha sido reajustado para R$ 5,84% (mais 5,41%).
Os cálculos foram feitos pelo DNC (Departamento Nacional de Combustíveis) e os índices e a data de divulgação, autorizados pelo Ministério da Fazenda.
Os distribuidores ficaram sabendo do aumento na última sexta-feira, mas o governo só divulgou o reajuste ontem. O diretor do DNC, Paulo Motoki, disse que não existem estudos para aumento de outros derivados de petróleo, como gasolina e álcool.
Entretanto, um integrante do Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás) ao sair da reunião no DNC disse que outro setor poderia ter reajuste autorizado pelo governo.
Questionado se o consumidor não teria outro aumento de preços de surpresa, Motoki foi enfático: “Perguntem ao Dallari (secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari)”.
A PF (Polícia Federal) vai investigar o desabastecimento de gás de cozinha. O coordenador central da PF, Moacir Favetti, disse que vai tomar as providências para apurar a falta do produto.

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