São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995
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'Musa teen' lidera vôlei feminino do Brasil no bi

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 30/06/95
Diferentemente do publicado à página 4-4 ( Esporte) do dia 20/6, é Montreux e não Montreaux o nome correto da cidade suiça onde a seleção brasileira feminina de vôlei disputou e conquistou o bicampeonato da BVC Cup.
'Musa teen' lidera vôlei feminino do Brasil no bi
A brasiliense Leila, atacante da seleção brasileira feminina de vôlei, é a mais nova sensação da equipe vice-campeã do mundo.
Eleita a melhor jogadora da BCV Cup, torneio suíço que o time venceu pela segunda vez no domingo, ela chamou a atenção não só pelo talento exibido na quadra, mas também por sua beleza.
Assediada pelas rádios de Montreaux após a premiação, ela disse que se sentiu feliz por ter entrado no time titular (substituiu Ana Paula, que sofreu uma fratura na tíbia) e ganhar ``tanta coisa".
Ar maroto, que lhe confere um jeito adolescente, Leila, 23 anos e 1,79 m, pode ser considerada a `musa teen' da seleção.
Extrovertida e teimosa, diz que procura lidar com sua personalidade sem deixar que o fato de ser bonita atrapalhe a sua carreira.
A seguir, trechos da entrevista à Folha, feita por telefone de sua casa, em Belo Horizonte, dois dias antes de a seleção viajar para a Suíça.

Folha - Apesar de ser uma mulher bonita, você não gosta de admitir isso. Qual o motivo?
Leila - Em primeiro lugar, não me acho uma pessoa bonita. Tenho um ar meio infantil, que não passa a imagem de uma mulher adulta, como a Ana Paula, por exemplo. Não tenho nada contra, mas não dou muito valor à beleza da Leila mulher.
Folha - Você sofre muito assédio por parte dos fãs?
Leila - É uma coisa incrível. Recebo muitas cartas, a maioria de fãs homens, flores, bombons. Acho isso legal. Às vezes, me pergunto como as pessoas sempre sabem em que lugar eu estou.
Folha - A rotina de treinos e jogos não atrapalha um pouco a sua vida pessoal?
Leila - Às vezes, mas faz parte. Eu gosto muito de agitação, sair com os amigos para ir a um barzinho conversar, não consigo ficar parada. Mas, há quatro anos me apaixonei pelo Luís Gustavo, que foi nadador do Minas Tênis Clube, e fiquei mais tranquila.
Folha - É verdade que este namoro vai acabar em casamento?
Leila - É. Vou casar neste ano porque já está na hora.
Folha - Voltando à seleção brasileira, como é fazer parte de uma equipe que tem conseguido tanto sucesso nas quadras?
Leila - Acho normal. Fui convocada para a seleção pela primeira vez em 91. Disputei a Olimpíada de Barcelona e só fiquei de fora o ano passado. Quando voltei neste ano para a seleção fiquei meio sem saber como seria recebida. Mas, não tive nenhum problema de relacionamento.
Folha - A convivência de tantas mulheres durante muito tempo não cria confusão?
Leila - Ao contrário. Acaba saindo muita besteira (risos). Na seleção temos jogadoras casadas, com filhos, muitas com namorados e outras que enfrentam seus problemas familiares. Então, acaba existindo um clima de muita amizade entre todas.

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