São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 1995 |
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25 HISTÓRIAS DE SUCESSO URBANO - SEGURANÇA San Francisco (EUA) Arbonizando os guetos Em San Francisco, 160 presos foram para o campo com a missão de plantar legumes para alimentar aidéticos, pobres e sem-teto. É a redenção através do trabalho na terra. Paralelamente, voluntários da ``Brigada da Árvore" -presos e moradores de guetos- recebem da prefeitura US$ 8 por cada árvore replantada Bogotá (Colômbia) Palhaços do trânsito Em Bogotá, policiais vestidos de palhaços ficam a postos nos cruzamentos mais perigosos, numa tentativa de abaixar um dos mais altos índices de acidentes do mundo. Brincam com os motoristas impacientes e aplicam multas. ``Só repressão não funciona", diz o prefeito. ``É preciso encontrar soluções criativas" Odense (Dinamarca) Pintando as casas Em Odense, os velhos conjuntos habitacionais são coisas do passado. Repintando fachadas com cores vivas, o governo combate a decadência física e moral urbana. ``Personalizando espaços, reavivamos sentimentos de cada um sobre a comunidade como um todo", explica o responsável pelo Grupo de Prevenção à Criminalidade - TRANPORTES Estrasburgo (França) Um bonde para o futuro Em Estrasburgo, os carros foram proibidos de trafegar no centro histórico. A cidade tomou um bonde para o futuro. Riscou do plano urbano avenidas ameaçadoras, instalou trilhos por todos os lados, dobrou o número de ruas para pedestres e melhorou a qualidade do ar. Recebeu aprovação da população Harare (Zimbábue) Velocidade sobre duas rodas Em Harare, a prioridade não é o transporte coletivo, mas o individual. O governo construiu ciclovias nas principais ruas e avenidas da cidade. Um sistema de ônibus foi criado para trazer do subúrbio passageiros com bicicletas. As empresas participam subsidiando bicicletas aos funcionários Los Angeles (EUA) Gasolina proibida Em Los Angeles, os 14 milhões de habitantes passam de três a quatro horas diárias no carro. O alarme soou numa das cidades mais poluídas do mundo. Mais de US$ 14 bilhões foram gastos em cinco anos no transporte público. Até 2.007, ela vai substituir a gasolina por um combustível menos poluente Frankfurt (Alemanha) Brigando pelo pódio Em Frankfurt, o aeroporto internacional concorre com Londres, Paris e Amsterdã pelo primeiro lugar no pódio. Quase cem linhas aéreas partem da cidade para 240 destinos. Mais de 32,5 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto em 94. Seu grande diferencial é concentrar todas as atividades sob um único teto - AUTO-ADMINISTRAÇÃO Auroville (Índia) Kibutz ecológico Em Auroville, os 30 mil habitantes estão organizados como num kibutz. Lá, diz a constituição, ``a terra pertence a toda a humanidade". A comunidade produz eletrônicos e computadores usando energia solar e eólica. Pesquisadores de 23 países trabalham na cidade no aperfeiçoamento de técnicas para poupar energia Villa El Salvador (Peru) Transformando a favela Em Villa El Salvador, 20 mil moradores de uma favela decidiram não esperar pela ajuda do governo. A um custo cinco vezes inferior que o dos conjuntos habitacionais oficiais, ergueram casas, pavimentaram ruas, instalaram água e luz. Hoje as autoridades saúdam a iniciativa, que um dia consideraram ilegal Bombaim (Índia) Médicos-mirins Em Bombaim, onde o índice de mortalidade é de 95 em cada 1.000 nascimentos, (contra 10 nos países desenvolvidos), Chundra, 10, é o ``médico" de uma favela de 100 mil habitantes. Outras cem crianças aprenderam medicina básica para orientar sua comunidade. Trata-se de um projeto-piloto de um médico da cidade Newberry (Reino Unido) Capital das trocas Em Newberry, o marceneiro Paul se trata com o médico Michael. Em vez de pagá-lo em dinheiro, na semana seguinte Paul conserta o armário de Michael. Trocas desse tipo fazem parte do cotidiano da cidade. O programa de Troca Comercial Local (Lets) foi inaugurado há três anos. Até uma moeda especial foi criada - ESTILO DE VIDA Varsóvia (Polônia) As cores do Novo Mundo Em Varsóvia, durante o regime comunista, as vitrines da rua Nowy Swiat (Novo Mundo) tinham a mesma cor do resto da cidade: cinza. Seis anos após a introdução do mercado livre, os lojistas chegam a competir para ver quem tem a vitrine mais bem-decorada. Os moradores agora se sentem orgulhosos Nansha (China) Cidade de US$ 5 bilhões Em Nascha, escritórios e apartamentos para 500 mil habitantes estão tomando o lugar das terras agrícolas. A nova cidade é obra do chinês Henry Fok, que investiu US$ 5 bilhões no projeto. Com 20% de crescimento/ano -o maior índice do mundo-, seus 22 km2 vão se transformar num bairro chique de Hong Kong Salzburgo (Áustria) Música no ar Em Salzburgo, a cada verão a população salta de 174 mil para 1 milhão de pessoas. O festival Mozart foi lançado na década de 20 por um grupo de estudantes vienenses. Na época, a cidade era pobre e provinciana. Hoje em dia, ela atrai a elite artística e intelectual de vários países do mundo Baltimore (EUA) O estádio do renascimento Em Baltimore, o grande orgulho da cidade é o time de beisebol Orioles. A ponto da prefeitura construir um novo estádio, o Camel Yards, uma mistura de arquitetura antiga e de vanguarda. Na última temporada, 3 milhões de espectadores revitalizaram o centro, lotando bares, restaurantes e lojas - ECOLOGIA Curitiba (Brasil) Abaixo a poluição Em Curitiba, não há fumaça nem lixo nas ruas. Empresas privadas co-financiam passes de ônibus para seus empregados. Resultado: 75% da população utiliza o transporte coletivo. Paralelamente, moradores de favela cuidam da limpeza das ruas, selecionando e reciclando o lixo em troca de comida Fraiburgo (Alemanha) Lixo vira energia Em Fraiburgo, o lixo reciclado produz gás metano, e com isso energia elétrica. Entre 1980 e 1991, essa inovação propiciou uma economia de US$ 17 milhões. Os habitantes recebem subsídios para instalar em suas casas tecnologia avançada para poupar energia. A cidade foi eleita capital ambiental da Alemanha em 1993 Karachi (Paquistão) Construindo esgotos Em Karachi, o governo cobrava US$ 1.000 de cada família para projetar e instalar a rede de esgotos. Em 1980, o Banco Mundial liderou um projeto-piloto em uma favela. Mutirões reduziram o custo para US$ 50. O governo paquistanês, que de início recusou-se a reconhecer a iniciativa, agora ajuda a financiá-la Cairo (Egito) Vasculhando as ruas No Cairo, uma enérgica freira francesa de 85 anos emprega muçulmanos e coptas católicos como lixeiros. O programa foi iniciado há dez anos. O objetivo não é apenas recolher o lixo, mas transformá-lo em algo vendável. Famílias inteiras vasculham as ruas. A coleta do lixo já melhorou a vida de milhares de pobres Paris (França) Naves espaciais Em Paris, os caminhões de lixo, pintado de verde brilhante, parecem naves espaciais. Mangueiras sugam os detritos do chão: garrafa, papel e até excremento de cães. Um segundo caminhão conclui o trabalho com jatos d'água. A prefeitura multiplicou o orçamento sanitário por seis, mas resolveu o problema - RENOVAÇÃO Boston (EUA) Dinheiro no cais Em Boston, um construtor enxergou cifras de dinheiro numa coleção de armazéns e depósitos decadentes no centro e no cais do porto. Em poucos anos, ergueu o mercado Quincy Hall, com restaurantes e lojas chiques, em torno do histórico salão de reuniões Faneuil Hall. Hoje, a festa é dos turistas Manchester (Reino Unido) Restauração das docas Em Manchester, as docas de Salsford estavam repletas de carcaças podres de navios até 1985. Com US$ 57 milhões, o governo e a iniciativa privada reergueram um novo bairro na região. Escritórios ocupam hoje 50 mil m2 do antigo estaleiro e 400 residências foram erguidas à beira-mar False Creek (Canadá) Qualidade de vida False Creek, com armazéns abandonados e águas poluídas, não tinha nenhum atrativo até a Expo'86. Durante a feira internacional, que exibiu novidades tecnológicas, foram construídos 80 hectares de casas, escritórios e lojas. Hoje a cidade tem um dos melhores índices de qualidades de vida no Canadá ocidental Nova York (EUA) Boca-do-lixo de cara nova Em Times Square, as ruas estão limpas, a criminalidade caiu e a Broadway anda de vento em popa. A boca-do-lixo está diferente. O arquiteto pós-modernista Robert Stern e o designer Tibor Kalman assinam o plano de restauração dos edifícios tradicionais, batizado de ``Projeto 42nd St. Downtown" Paris (França) Restauração do bulevar Em Champs-Elysées, fast foods e cadeias varejistas tiraram o charme do bulevar nos anos 80. A restauração começou em 1993. Foram construídos estacionamentos subterrâneos e largas calçadas para pedestres. A iluminação das ruas, os abrigos de ônibus e os faróis foram integrados em formas modernas Texto Anterior: ARRANHA-CÉUS CHEGAM A 750 METROS Índice |
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