São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995
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Queda de inflação eleva investimentos

JUSSARA MATURO

Abertura do mercado estimula empresas a investir em projetos de tecnologia
Para os fabricantes de equipamentos de grande e médio portes ou estações de trabalho, 1994 foi um ano em que as vendas aumentaram cerca de 50%, entre as empresas pesquisadas. Uma tendência de alta que segue em 1995.
Vários fatores contribuíram para esse desempenho. A economia foi um deles. A desaceleração das taxas de inflação, a decretação do Plano Real, o aumento do consumo e a abertura do mercado estimularam as empresas a investir em projetos de atualização tecnológica.
Mundialmente, a Unisys comemorou um recorde de vendas de máquinas de grande porte em sua história.
O Brasil respondeu pela venda de 140 unidades, o que contribuiu com US$ 70 milhões para a receita de US$ 305 milhões obtida pela subsidiária brasileira no ano passado.
Segundo a empresa, a venda de mainframes só perdeu para a área de serviços, particularmente de outsourcing, que cresceu dentro da estrutura da Unisys.
Para a empresa, o aquecimento da economia gerou mais transações, obrigando as companhias a investir para acompanhar a maior necessidade de processamento.
Na Edisa/HP, US$ 63,8 milhões dos US$ 88,6 milhões faturados pela empresa em 1994 foram obtidos com a venda de sistemas de médio porte, equipamentos com tecnologia Risc (chips mais rápidos).
"Esse segmento cresceu em 1994 quase 50% em relação ao ano anterio", diz Eliézer José Rios, gerente de programas de marketing da Edisa/HP, que prevê para as vendas neste ano a mesma performance.
Alavancada por seus negócios na área de automação bancária, a SID figura no ranking como o segundo maior fabricante de equipamentos para sistemas médios ou estações de trabalho.
Segundo Clovys Troes, gerente de marketing desse segmento na empresa, a SID elevou suas vendas de US$ 122 milhões, em 1993, para US$ 182 milhões no ano passado.
Esse aumento na área financeira tem uma explicação: a maioria das instituições esperou para ver qual seria o impacto da entrada de grandes fornecedores no Brasil, depois da liberação do mercado.
Para a área de estações gráficas, o comportamento do mercado no ano passado não foi diferente. A Silicom Graphics, que começou a operar no Brasil em 1º de julho de 1994, esperava encerrar seu ano fiscal em 30 de junho de 1995 com uma receita de US$ 4 milhões. Faturou US$ 6 milhões, informa Sílvio Requeijo, gerente da unidade de negócios para a indústria da manufatura da Silicom. A Sisgraph (representante no Brasil da Intergraph, outra grande empresa internacional de computação gráfica) comemorou um aumento de 40% sobre 1993, chegando a US$ 8,4 milhões.
(JM)

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