São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995 |
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Resultado da pesquisa é 'politicamente' correto
GUSTAVO KRIEGER
Há casos em que essas respostas não combinam com a observação dos pesquisadores. A maior parte das crianças, por exemplo, (53%) disse que saiu de casa para trabalhar. Outros 17,5% responderam que buscam a rua para brincar e 8,4% declararam ainda que preferem ficar nas ruas por ``aventura". Apesar disto, quando os pesquisadores encontraram estas crianças, apenas 8% estavam trabalhando. A maioria (54%) estava perambulando pelas ruas, brincando ou reunida em grupos. Pelo menos 12% estavam ``se drogando", segundo os pesquisadores de Brasília. Apenas uma criança de rua ouvida pela pesquisa admitiu que se prostitui nas ruas do Distrito Federal. A pesquisa mostrou ainda que a metade das crianças de rua de Brasília veio de outros Estados do país. Drogas Apenas 12% dos meninos de rua ouvidos pela pesquisa admitiu ter experimentado algum tipo de droga. Foram 211 crianças, das quais 135 já disseram ter cheirado cola de sapateiro e 72 afirmaram ter fumado maconha. Apenas 20 crianças disseram já ter provado cocaína e nove admitiram ter provado crack (tipo de droga derivada da cocaína). (GK) Texto Anterior: Brasília faz 'censo' com crianças de rua Próximo Texto: Maluf empossa hoje 3 novos secretários Índice |
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