São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995 |
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Sobem vendas de exportações
FIDEO MIYA
Os dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram um saldo positivo, até o último dia 27, de apenas US$ 44 milhões nas operações comerciais de câmbio, com US$ 3,709 bilhões de vendas de exportadores e US$ 3,665 bilhões de compras de importadores. Segundo Claúdio Lellis, diretor do Lloyds Bank, os dados de apenas um dia são insuficientes para caracterizar uma reversão dos saldos negativos que vinham ocorrendo desde o anúncio da nova ``banda" cambial, que fixou cotações mínima de R$ 0,91 e máxima de R$ 0,99 para o dólar. Segundo Lellis, as vendas dos exportadores podem estar sendo motivadas pela necessidade de caixa na virada do mês. Isso porque, por meio dos ACCs (Adiantamentos de Contratos de Câmbio), o exportador vende antecipadamente os dólares que irá receber ao embarcar suas mercadorias ao exterior. Na prática, ele obtém financiamento externo com custo de 10% a 12% ao ano, em dólar. É bastante inferior ao custo do crédito bancário interno, que está entre 6% e 7% ao mês (101% e 125% ao ano, respectivamente). Anis Chacur Neto, vice-presidente do Banco ABC-Roma, diz que a vantagem de o exportador pegar o dinheiro do ACC e aplicá-lo no mercado financeiro foi anulada pela perspectiva de valorização do dólar e o Imposto de Renda de 10%, descontado nas aplicações financeiras. Texto Anterior: CSN mantém produção com venda externa Próximo Texto: Fipe apura alta da inflação em São Paulo Índice |
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