São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 1995 |
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4 são feridos em rebelião de Ribeirão Preto
RITA MAGALHÃES
O clima permaneceu tenso na cadeia por pelo menos seis horas. Até o final da rebelião eles conseguiram o apoio dos 480 presos da cadeia. A rebelião começou às 18h40 de anteontem e terminou ontem por volta das 14h, quando os presos rebelados entregaram as duas armas usadas na revolta. Esta é a terceira rebelião na cadeia pública em menos de 70 dias. Nas duas primeiras, os presos reivindicavam a troca do ex-diretor Mauro Corauci e a diminuição da população carcerária. Em abril, 90 presos foram transferidos para penitenciárias do Estado. Na rebelião de ontem, os presos reivindicaram ao juiz corregedor Luiz Augusto Freire Teotônio a revisão das penas e volta dos benefícios perdidos com a saída do delegado Akira Fujiyama, em 94. Segundo o delegado regional Luiz Carlos Pires, 54, os presos querem banho quente, liberdade para cozinhar nas celas e refrigerador para proteger os alimentos. O diretor recém-admitido Celso Corrêa de Moura afirmou que os presos não vão voltar a cozinhar nas celas. As famílias podem levar aos detentos só refeição pronta. Quando Fujiyama era diretor da cadeia, havia dois freezers nas celas e os presos podiam cozinhar. Segundo Fujiyama, ele permitiu a entrada dos freezeres na cadeia porque os familiares levavam água e refrigerante em garrafas de dois litros, onde drogas podiam ser escondidas no fundo preto do vasilhame. ``Proibi a entrada das garrafas e coloquei dois freezeres, um em cada ala da cadeia." Akira diz ainda que os presos sempre cozinharam nas celas. O delegado Pires diz também que a rebelião pode estar ligada à posse do novo diretor da cadeia, o delegado Celso Corrêa de Moura, que assumiu oficialmente a direção na última segunda-feira. ``É comum isso acontecer quando entra um novo administrador. Os presos têm necessidade de medir o pulso do diretor", diz Pires. Texto Anterior: Agentes parados serão punidos Próximo Texto: Carcereiro foi feito refém Índice |
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