São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 1995 |
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Nuzman vê Atlanta-96 como 'parte do passado'
SERGIO TORRES
Presidente por 20 anos da Confederação Brasileira de Vôlei, Nuzman, 53, disse que sua meta é transformar o Brasil em uma potência olímpica em até oito anos. Para Nuzman, ``Atlanta faz parte do passado". Segundo ele, já se conhecem os atletas e equipes que disputarão as medalhas na competição, com uma margem de surpresas estimada entre 10% e 20%. ``Não esperem resultados extraordinários que não sejam aqueles previstos pelos esportes com os quais esperamos conquistar algumas medalhas", disse ontem o dirigente na cerimônia de posse, no Jockey Club Brasileiro (centro do Rio de Janeiro). A experiência do dirigente à frente do vôlei brasileiro indica que oito anos é o prazo médio para um planejamento ter êxito no esporte amador. Nuzman deu como exemplo a geração do vôlei formada pelos atletas William, Montanaro, Renan e Bernard. O grupo conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles, disputada em 84, após sete anos de atuação conjunta. Outro exemplo que Nuzman citou é o da seleção de vôlei atual, campeã nos Jogos Olímpicos de Barcelona, há três anos. O grupo de Tande, Maurício e Marcelo Negrão atua junto desde o Mundial juvenil de 84. O novo presidente do COB afirmou que levará à Olimpíada de Atlanta de 200 a 300 atletas. O custo da preparação brasileira para Atlanta foi avaliado por ele em cerca de US$ 3 milhões. Nuzman ainda procura patrocinadores para a delegação brasileira que vai a Atlanta. O projeto financeiro da campanha ainda não está pronto. ``Deve acabar a idéia de que só dinheiro gera medalha. Dinheiro ajuda, mas há países ricos que não são líderes esportivos. E há outros sem tantos recursos que têm conquistas extraordinárias, pois trabalham com seriedade", disse. Entre os projetos anunciados pelo novo presidente do COB consta a criação de um centro olímpico de treinamentos, destinado à concentração e à preparação das equipes nacionais. Para Nuzman, o eixo Rio/São Paulo seria ideal para a localização do centro. Nuzman também quer fundar a Escola Nacional de Treinadores, com o objetivo de formar profissionais incumbidos de dirigir seleções e equipes de clubes. A modernização do COB é outra meta de Nuzman. Ele defende a modificação do estatuto, de modo a permitir a profissionalização da entidade que dirige. Texto Anterior: Três titulares reforçam União contra Santos Próximo Texto: Zico critica 'abandono' da próxima Olimpíada Índice |
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