São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 1995 |
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Campo esburacado ameaça seleção
MÁRIO MAGALHÃES
O perigo fica no campo onde a equipe começa a treinar hoje, na cidade gaúcha de Santana do Livramento, 500 km a sudoeste de Porto Alegre, na fronteira com a cidade uruguaia de Rivera. O campo do estádio João Martins, do Esporte Clube 14 de Julho, é repleto de buracos, de áreas sem grama, de plantação de trevos (de três folhas). Há pelo menos três tipos de grama diferentes. Uma delas teve mudas colhidas na calçada de uma rua lateral ao estádio. O campo inteiro tem sementes de grama, jogadas há oito dias. As ondulações são tantas que parece um tobogã. O gramado irregular é uma ameaça aos jogadores. Pode causar contusões em atletas como o atacante Edmundo, cujo passe vale R$ 5 milhões. Há buracos de 30 cm de diâmetro e 3 cm de profundidade. Em áreas de até 12 metros quadrados -cada uma- só há areia. Os trevos, em todo o campo, chegam a ocupar, em cada plantação, quatro metros quadrados. É impossível a bola rolar. ``Esses trevos são bons para ovelha comer", disse o tratador do gramado, Vilson Carvalho. Segundo ele, as sementes precisam de três meses para dar boa grama. Carvalho chama de capim boa parte do que nasceu no campo. Há ``capim" fino e grosso. Junto à areia, se vê terra preta jogada nos últimos dias para tentar fazer crescer a grama. A seleção brasileira vai treinar em Livramento porque disputará entre os dias 7 e 13, em Rivera, suas três partidas da primeira fase da Copa América. Os jogos serão no estádio Atílio Paiva Olivera, reinaugurado anteontem com o empate de 2 a 2 entre Uruguai e Nova Zelândia. A temperatura chegou a 3 graus centígrados. O gramado é ótimo. Texto Anterior: Chance de Karina ir a Atlanta é remota; O NÚMERO; A FRASE; Argentina joga hoje contra a Austrália; Penev troca Valencia pelo Atletico Madrid; Time do Sudão morre afogado Próximo Texto: Maioria queria parar Paulista para ver seleção Índice |
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