São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995 |
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FHC criou freio para reajuste de salários Correção para contratos, como aluguéis, foi mantida DA REDAÇÃO Os salários são o maior alvo da desindexação da economia na nova fase do Plano Real, anunciada sexta-feira.O governo proibiu que o reajuste dos salários seja vinculado a índices de preços. Mas autorizou a correção de contratos como aluguéis ou mensalidades escolares por qualquer índice de inflação escolhido em negociação. Além de vetar a correção salarial automática pela inflação, o governo proibiu a concessão de aumento de salário a título de produtividade ``não amparado em indicadores objetivos". Outra surpresa anunciada atingiu as cadernetas de poupança. O Conselho Monetário Nacional reduziu em quase quatro vezes o limite de garantia dado pelo governo aos depósitos em poupança. As cadernetas também terão o rendimento reduzido a partir de agosto, com a aplicação de um redutor de 1,2% no cálculo da TR (Taxa Referencial de juros), que corrige os depósitos. Hoje, esse redutor é de 1%. Os líderes do PT e do PPR avaliam que os trabalhadores serão prejudicados. Os dois partidos acham que o governo não preserva os salários e tenta dividir o movimento sindical. ``A medida provisória pulveriza a ação sindical e cria um `buraco negro' na negociação. Tem um ranço de lei das selvas, onde quem é mais forte ganha mais", disse o presidente nacional do PPR, senador Esperidião Amim (SC). FHC posou sexta-feira com uma nota de R$ 1 para lembrar o aniversário da moeda. Depois, deu a cédula para o ministro da Saúde, Adib Jatene, em choque com a equipe econômica por mais dinheiro para sua pasta. Texto Anterior: Caindo na (no) Real... Próximo Texto: OPINIÃO DA FOLHA Índice |
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