São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
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Fla-Flu devolve a emoção ao futebol carioca

TELÊ SANTANA

O Fla-Flu do domingo passado, que decidiu o Estadual do Rio, trouxe de volta a emoção ao futebol carioca.
O mais badalado clássico brasileiro lembrou os velhos tempos.
O caráter de festa que reveste o confronto entre Flamengo e Fluminense torna o futebol mais emocionante.
A rivalidade é sadia para o esporte. Uma rivalidade sadia, pacífica, natural. É o que normalmente podemos observar em um Fla-Flu.
O Fluminense fez um ótimo primeiro tempo. Dava a impressão de que o campeonato estava decidido.
O Flamengo, no entanto, com apoio de uma torcida simplesmente vibrante, que empurra o time sem parar, conseguiu o que parecia impossível: empatou o jogo, resultado suficiente para lhe dar o título.
Faltando poucos minutos para o fim da partida, porém, nova emoção: o Fluminense voltou a marcar, tornando-se o campeão carioca.
São partidas como esta que resgatam a alegria do verdadeiro futebol.
Em São Paulo, na reta final do Campeonato Paulista, espero que possamos sentir emoção semelhante.
Estamos vivendo um problema que o Rio de Janeiro já atravessou: a falta de estádios para os grandes jogos que acontecem na capital.
Corinthians e Santos já jogaram em Ribeirão Preto. Hoje será a vez de São Paulo e Palmeiras.
Por um lado, é desagradável termos que ir ao interior por não existir um estádio na maior cidade do país que possa abrigar um clássico como São Paulo e Palmeiras.
Por outro lado, no entanto, será uma oportunidade excelente para os torcedores do interior assistirem a um jogo tão importante como este.
Ribeirão Preto e adjacências têm inúmeros torcedores são-paulinos e palmeirenses. É a chance para que os dois times procurem dar espetáculo, trazer emoção ao espectador, como aconteceu no Fla-Flu.
Quanto à seleção brasileira, que estréia na Copa América em 7 de julho, acho que tem todas as condições de fazer um bom papel.
O amistoso contra a Polônia talvez tenha sido o mais difícil do ano. Os poloneses têm jogadores de qualidade, souberam apresentar resistência à equipe do Brasil.
O gramado e o tempo ruim, porém, atrapalharam o teste.
De qualquer forma, a tendência é melhorar. Juninho, por exemplo, não enfrentou a Polônia e, quando jogar, pode ajudar muito a seleção.

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