São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
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Leitores aprovam livrarias

DA REDAÇÃO

Num mês de poucas alterações na lista dos livros mais vendidos, o público se diz satisfeito com o atendimento das livrarias em São Paulo e afirma sua preferência maciça pelos livros de literatura.
A pesquisa do Datafolha -a única do país que é feita diretamente junto ao público leitor- apurou que as livrarias estão com cotação elevada junto ao consumidor (veja quadro abaixo).
No cômputo geral, 65% dos compradores consideraram "bom o atendimento nas livrarias de São Paulo
Apenas 1% considerou "ruim" o atendimento. Já o número de pessoas que qualificou como "péssimo" os serviços da livrarias não atinge sequer 1%.
A pesquisa também constatou que as livrarias de rua agradam mais do que as livrarias dos shopping centers.
O atendimento das livrarias de rua foi considerado "ótimo" por 35% dos entrevistados, contra 27% que tiveram essa opinião sobre as lojas dos shoppings.

Guerra e vírus
O ranking dos mais vendidos em junho traz poucas novidades em relação ao mês passado. "Pelas Portas do Coração" (ficção) e "O Guia dos Curiosos" (não-ficção) continuam no topo da lista.
As "Memórias da Segunda Guerra" (nono título de não-ficção), do premiê britânico Winston Churchill (1874-1965), fazem sucesso no ano das comemorações dos 50 anos do fim do conflito. O livro deu o Prêmio Nobel de Literatura a Churchill em 1953.
Já "Zona Quente" (décimo de não-ficção) conta com dramaticidade a descoberta do vírus Ébola e de seus efeitos devastadores.
A doença associada ao vírus -cuja cura é ainda desconhecida- tomou proporções epidêmicas no Zaire e inspirou o filme "Epidemia", que esteve em cartaz em São Paulo até semanas atrás.
A terceira novidade do ranking é "A Ilusão de Scorpio", romance de espionagem de Robert Lundlun.

Ficção x não-ficção
O Datafolha apurou ainda que o público declara uma preferência esmagadora pelos livros de literatura adulta: 35% dos entrevistados elegem essa categoria como sua predileta.
Em seguida vêm os títulos esotéricos, com 12% das opções.
A preferência pela literatura, porém, não é suficiente para garantir supremacia aos livros de ficção: no ranking geral, de cada dez títulos, seis são de não-ficção.

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