São Paulo, domingo, 2 de julho de 1995
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Honda Prelude tem bom desempenho

DA REDAÇÃO

Potente e estável, o Honda Prelude, modelo esportivo trazido do Japão por US$ 74 mil, tem tudo para satisfazer motoristas que gostem de andar rápido.
Além de acelerar bem e atingir velocidades elevadas, o carro é muito controlado.
Não perde estabilidade mesmo em piso irregular, problema comum em carros importados.
As suspensões absorvem muito bem buracos e ondulações, transmitindo segurança ao motorista. A direção do Prelude, rápida e firme, também ajuda.
Os freios respondem bem, parando o carro em distâncias curtas, sem desequilibrar o carro mesmo em situações de emergência.
O sistema ABS, que evita travamentos que poderiam levar a derrapagens, funciona bem.
Para reforçar a sensação de esportividade, o carro tem alavanca de câmbio com pequenos intervalos entre as posições das marchas, o que permite ganhar tempo nas trocas.
O ronco do motor, grave e agradável, é outro sinal da linhagem esportiva do Prelude.
Pisando fundo no acelerador, o motor de 160 cavalos-vapor urra para mostrar sua força.
O mais surpreendente no motor do carro é seu comportamento em baixas rotações.
Ele aceita muito bem acelerar a partir de velocidades baixas, situação complicada para muitos esportivos.
Essa, infelizmente, é a única vantagem do Prelude sobre os padrões normais de esportivos.
Como outros carros da mesma categoria, o Honda é apertado -o banco de trás acomoda crianças pequenas; os da frente são muito estreitos- e tem acesso ruim.
A pouca altura do carro também torna pior a visibilidade. É difícil saber onde o carro começa e termina. Também é difícil controlar os carros que vêm de trás.
Apesar de longo, o carro tem porta-malas pequeno e raso.
Inconfundível, o desenho da parte traseira da carroceria é pesado, com lanternas desproporcionalmente grandes.
A frente do Prelude, baixa e comprida, raspa em entradas de edifícios, lombadas e valetas profundas.
As enormes portas dificultam entrar no carro em vagas apertadas, como as de estacionamentos e de alguns shoppings.
Além disso, ficam sujeitas a arranhões e amassados quando se pára perto de muros ou de calçadas altas.
Os instrumentos do painel têm leitura difícil. Os marcadores digitais de temperatura do líquido de refrigeração e de nível de combustível não combinam com o conta-giros e o velocímetro convencionais (com ponteiros).
Para piorar, a marcação do velocímetro é em milhas, unidade não utilizada no Brasil.
Outro problema do carro é seu preço. Por valor equivalente, existem no mercado modelos mais rápidos e velozes, alguns com características ainda mais esportivas.

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