São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
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Casa de Guimarães Rosa reabre depois de reforma

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CORDISBUSGO

O museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo (8.450 habitantes, a 135 km de Belo Horizonte-MG) foi reaberto para visitação, depois de sete meses fechado.
A casa onde o escritor mineiro -autor de ``Grande Sertão: Veredas"- nasceu e viveu até os nove anos passou por reformas, pagas pelo governo mineiro e pela Associação dos Amigos do Museu.
Segundo Ronaldo Alves de Oliveira, 31, coordenador do museu, a reforma custou R$ 50 mil (equivalente ao preço de um apartamento de dois quartos na região central de Belo Horizonte).
O museu funciona na casa desde março de 1974.
Todo o telhado, parte do reboco e do piso em madeira foram trocados. A varanda foi refeita.
O museu Casa Guimarães Rosa é administrado pela Secretaria da Cultura de Minas. O Estado adquiriu a casa em 1971.
O fogão de lenha onde Francisca Rosa, a mãe do escritor, cozinhava foi mantido intacto. O museu retrata ainda o quarto da vó Chiquinha, com a original cadeira de balanço, a cama e o urinol.
Entre os objetos de Guimarães Rosa estão a maleta que ele usava no exercício da medicina, a máquina de escrever Remington Rand e o diploma e a espada da Academia Brasileira de Letras.
Cerca de 1.200 documentos registram a vida e a obra do escritor, entre eles as primeiras edições de suas principais obras. O acervo foi doado por amigos e parentes.
Entre os documentos da vida do escritor há uma lista de compras escrita a lápis, na qual o escritor anotou ``cigarro, fósforos e sabão de barba". Em outra lista, relaciona roupas e objetos que levaria ao México em 1967 (ano em que morreu) -tesourinha, gomalina, complexo B-12 e limpa-óculos.

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