São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995 |
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Obra de Mestre Ataíde volta ao Caraça
CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
A Secretaria Estadual de Cultura estuda a possibilidade de exibir a tela no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, antes de devolvê-la ao Caraça. Durante cerca de um século, a obra ficou exposta no refeitório do colégio, onde recebeu os efeitos da umidade, da claridade e da fumaça da cozinha. Há três anos, foi transportada para o Cecor (Centro de Conservação e Restauração de Obras de Arte) da Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Ela apresentava vestígios de fuligem, mofo e poeira. A tela estava rasgada em alguns pontos, em consequência de uma queda sobre um objeto pontiagudo. A obra, que mede 4,67 metros de largura por 2,73 metros de altura, levou um ano e meio para ser restaurada. No canto direito do quadro, pode-se ler: ``Ataíde fez no ano de 1828". Pesquisadores do Cecor descobriram que a assinatura não foi feita por um pintor alemão que visitou o Caraça no final do século passado, conforme se acreditava. Estudos mostraram que a assinatura é da mesma época em que o quadro foi feito. ``Provavelmente é do próprio Mestre Ataíde", diz Gislaine Randaso Teixeira Moura, diretora do Cecor. Segundo ela, o valor da obra é incalculável. A ``Santa Ceia" poderá ser vista, a partir do agosto, na Igreja do Caraça, onde ficará exposta temporariamente, antes de ser transferida para a biblioteca do colégio, que vai passar por adequações para recebê-la definitivamente. Texto Anterior: `Rá-Tim-Bum' faz sucesso em livro e vídeo Próximo Texto: `Studio' contrapõe Godard a Spielberg Índice |
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