São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
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`Menino Maluquinho' compete com Spielberg

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O filme ``Menino Maluquinho", segundo longa-metragem do mineiro Helvécio Ratton, estreou na sexta-feira passada em duas salas de Belo Horizonte, competindo com ``Gasparzinho, o Fantasminha Camarada", produzido por Steven Spielberg, que ocupa sete cinemas da capital mineira.
Segundo o produtor Tarcísio Vidigal, ``Menino Maluquinho" estréia em mais 28 cinemas de 15 capitais do país na próxima sexta-feira, inclusive em São Paulo.
Na capital paulista, o filme será exibido no Olido, Belas-Artes, Morumbi Shopping, Aricanduva, Paulistano e CineSesc.
Para Vidigal, a briga ainda é desigual, mas o cinema nacional quer mostrar ao público que não está morto.
``O importante agora é retomar o espaço no mercado exibidor que está completamente ocupado pelo cinema norte-americano", diz Vidigal, que calcula em 95% a taxa de ocupação do cinema americano no mercado brasileiro durante as férias de julho.
``Menino Maluquinho" foi baseado no livro do escritor e cartunista Ziraldo e teve um custo de US$ 2 milhões.
O maior efeito visual do filme não custou nada à produção. Em troca de merchandising, a Acesita construiu um grande relógio em aço inoxidável com oito metros de diâmetro, que aparece no sonho do Menino Maluquinho.
``O relógio precisava ser muito resistente para suportar o peso do ator Samuel Costa (que interpreta o Menino Maluquinho) e de uma bailarina", conta Vidigal.
O diretor Helvécio Ratton não acredita que ``Menino Maluquinho" possa ser tachado de ``provinciano", apesar de ser dirigido por um mineiro e baseado na história de Ziraldo, que é de Caratinga, na Zona da Mata mineira.
``É um filme brasileiro rodado em Minas, com equipe e elenco brasileiros", afirma Ratton, que já dirigiu anteriormente outro longa-metragem, ``A Dança dos Bonecos".
Em comparação aos outros filmes que estão sendo produzidos no Brasil, Ratton destaca o cuidado da produção em bancar a finalização do som em ``dolby stereo" em estúdios de Nova York.

Exportação
Vidigal informa ainda que ``Menino Maluquinho" já foi vendido por sua produtora, Grupo Novo de Cinema e TV, para seis países da Europa e da Ásia.
A empresa está em negociação com empresários de mais 30 países para a venda de um pacote de filmes brasileiros.
Segundo Vidigal, consta do pacote o filme ``Carlota Joaquina", dirigido por Carla Camuratti.

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