São Paulo, terça-feira, 4 de julho de 1995
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Reposição de aula perdida durante greve reduz férias

DA REPORTAGEM LOCAL; DA FOLHA VALE; DA FOLHA ABCD.

Começou ontem na rede estadual de ensino de São Paulo o período dedicado à reposição de aulas perdidas durante a greve de abril passado.
As férias de julho -chamadas tecnicamente de recesso escolar- serão mais curtas em cerca de 2.500 das 6.800 escolas da rede.
Após a greve, a Secretaria de Estado da Educação exigiu que a reposição fosse dada nas férias -contrariando o sindicato dos professores (Apeoesp), que defendeu reposição aos sábados.
Como a adesão à greve foi diferente em muitos locais, não há uma definição geral de quantos dias de reposição serão necessários. Ao todo, 5.900 escolas participaram, pelo menos um dia, da greve, que durou 20 dias letivos.
Em São José dos Campos (97 km a nordeste de SP), por exemplo, a reposição, que ocorreria entre os dias 14 e 28, foi antecipada.
Até o dia 14, quando começaria o recesso escolar, as aulas perdidas serão repostas aos sábados.
Durante o recesso escolar, os professores também devem dedicar pelo menos quatro dias para a jornada pedagógica -organização do segundo semestre.
A mãe de aluno Elisa Toneto, do Movimento Pró-Educação, reclama que em sua escola, na Lapa (zona oeste de SP), o conselho havia optado por uma reposição diferente da estipulada pela secretaria, mas que o pedido foi negado.
``Eles não estão respeitando as decisões dos conselho de escolas, que é quem melhor sabe da situação local", afirma Toneto.
No ABCD, a reposição de aulas iniciou com 10% de professores não-habilitados -são engenheiros, advogados, médicos e até estudantes universitários.

* Colaboraram Folha Vale e Folha ABCD.

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