São Paulo, terça-feira, 4 de julho de 1995 |
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Febem desaconselha envolvimento com internos
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Elza Bittencourt Silveira, mãe de Priscila, empregou em sua casa a ex-interna M.A. depois que ela já havia saído da Febem. Segundo uma das diretoras da Febem, Elizabeth Arruda, M.A. apresentou bom comportamento em sua passagem pela fundação, de onde saiu em 14 de julho do ano passado. A menor estava no local por ter sido ``desabrigada" após ter dado à luz um filho. A sua saída da Febem foi autorizada por sua irmã mais velha, Neiva Andrade. Durante o período em que esteve internada, M.A. trabalhou na casa de uma família. Segundo os amigos da família Silveira, que ontem assistiram ao velório e ao enterro de Priscila, a mãe da menina morta empregou M.A. porque gostava dela e queria ajudá-la. Os amigos e parentes da família estavam revoltados com o crime. ``O pior é que não vai dar em nada", disse o policial Jeferson Alves, primo do pai de Priscila. Para ele, ``o Estatuto do Menor foi feito para proteger o menor infrator e não o menor carente". Alves disse que M.A. era muito bem tratada na casa de Priscila. O pai de Priscila, Airton Silveira, que é soldado da PM, teve sua arma recolhida. Os parentes temiam que Silveira, transtornado, pudesse cometer uma ``loucura". O PM costumava levar a filha à escola todos os dias e também ia buscá-la. Ele tinha medo que a jovem pudesse ser vítima da violência urbana. (CAS) Texto Anterior: SP nunca registrou caso Próximo Texto: Mulher é morta durante briga de gangues em SP Índice |
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