São Paulo, sexta-feira, 7 de julho de 1995
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Governador de Córdoba deve renunciar

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

Fontes do governo da Província argentina de Córdoba afirmaram ontem à noite que o governador Eduardo Angeloz deve renunciar por causa da impossibilidade de resolver o problema financeiro da região.
Ontem, fracassaram as negociações da Província com o banco norte-americano Dillon Read, em Nova York, para a obtenção de um crédito de US$ 150 milhões.
Esse dinheiro seria utilizado para o pagamento dos salários atrasados de maio e abril dos funcionários públicos.
Com o fracasso, os seis bancos argentinos que prometiam um crédito antecipado de US$ 100 milhões para a Província voltaram atrás e o negaram.
Altos funcionários do governo de Córdoba permanecem em Nova York e tentam uma última negociação com bancos japoneses e ingleses.

Greve
Os cinco sindicatos de servidores públicos de Córdoba preparam para o início da próxima semana uma greve e mobilizações nas ruas. A situação deve se agravar porque, na próxima segunda-feira, o governo da Província deveria pagar também os salários de junho aos servidores.
Segundo Juan Carlos Kuscnir, 44, subdiretor do Instituto de Estudos da Fundação Mediterrânea, não restam mais alternativas a Córdoba senão aceitar as imposições do governo federal.
O Ministério da Economia da Argentina exige que a Província privatize 51% das ações de seu banco estatal.

Superávit
A equipe econômica do governo argentino divulgou o resultado positivo da balança comercial do país nos cinco primeiros meses deste ano. O saldo foi de US$ 362 milhões. No mesmo período de 94, o país havia acumulado déficit de US$ 2,5 bilhões.
O total exportado de janeiro a maio foi de US$ 8,5 bilhões -46% mais do que no mesmo período de 94.

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