São Paulo, terça-feira, 11 de julho de 1995 |
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Deputados apóiam proposta
CARLOS MAGNO DE NARDI
Pela proposta, o Estado teria de conseguir empréstimos externos que garantiriam parte do pagamento da dívida do Estado com o Banespa. O governo Fernando Henrique Cardoso daria aval a linhas de crédito externo que garantiriam o pagamento de pelo menos metade da dívida de São Paulo com o banco, de cerca de R$ 12,5 bilhões. Esses empréstimos seriam pagos em prazos longos, de até 25 anos. O restante da dívida ficaria a cargo do governo estadual. A proposta, porém, depende de aprovação da Assembléia de São Paulo. É o Legislativo estadual quem autoriza a concessão, pelo Estado, de garantias para o pagamento de empréstimos. Além da Assembléia, Covas dependeria ainda do Senado, a quem está subordinada a autorização para qualquer Estado receber empréstimos externos. Durante almoço no Palácio dos Bandeirantes (zona sul de São Paulo), Covas apresentou aos deputados a proposta que vem discutindo com o Banco Central para encerrar a intervenção sob o Banespa (leia texto acima). O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal, afirma que o fechamento do acordo com o BC ``demonstraria ao próprio mercado que a intenção é resolver o problema Banespa, não só o problema do governo Covas". A explicação aos deputados foi feita pelo ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) Ary Oswaldo Mattos Filho, um dos responsáveis pela proposta elaborada pelo governo Covas. Além de Mattos e dos deputados federais de São Paulo, o economista Michael Zetlin também participou do almoço com o governador. Ele é um dos nomes cotados para assumir a presidência do Banespa. Entre os deputados que participaram do encontro, o mais enfático foi Salvador Zimbaldi: ``o governador vai tentar manter o controle do banco". (CMN) Texto Anterior: Estado pode perder controle do Banespa Próximo Texto: Procuradoria investiga presidente da Codesp Índice |
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