São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mortes violentas crescem 43,5%

SILVIA NORONHA
DA SUCURSAL DO RIO

O número de mortes por causa violenta no Brasil cresceu 43,5% de 1982 a 1992, segundo o Anuário Estatístico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado ontem no Rio.
No mesmo período, a população brasileira cresceu 20,5%. As mortes por causa violenta incluem homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos e quedas acidentais.
Segundo o IBGE, em 1992 -o último ano com dados computados na pesquisa-, uma em cada dez mortes teve causa violenta.
Os homens são as maiores vítimas da morte violenta. Dos 82.808 mortos, 68.605 eram homens, o que representa 82,8% dos casos.
Desse total, 29.114 morreram entre 25 e 44 anos de idade e 17.640, entre 15 e 24 anos.
O anuário divulgou ainda que, em 1990, os homicídios e lesões provocadas intencionalmente por outras pessoas foram a quinta principal causa de morte no Brasil, entre 16 motivos relacionados.
Nos dez anos, os homicídios mataram mais que o câncer. A primeira causa de morte foram doenças cérebro-vasculares; a segunda e a terceira referem-se ao sistema cardíaco e circulatório. Os acidentes de trânsito ficaram em sexto.
A região Sudeste é a campeã em registros de homicídios. Em 90, foram 18.660, mais da metade dos casos de todo o país.
O presidente do IBGE, Simon Schwartzman, disse ontem que pretende montar no instituto um sistema de estatística sobre criminalidade. Hoje, o IBGE trabalha só com dados de registro de óbito.

Texto Anterior: Cantora participa de campanha na Bahia; Mandato de prefeito do Guarujá é cassado; Bebê de 6,2 kg nasce em cidade do Paraná; Homem é atacado por vaca e morre
Próximo Texto: Número de homicídios cresce na Grande SP
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.