São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995 |
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Exército do Rio reintegra aidéticos após sua morte
FERNANDA DA ESCÓSSIA
O cabo C.S.S. morreu de Aids em outubro do ano passado. O outro, E.F., está desaparecido. Eles entraram na Justiça em 1992, perderam no primeiro julgamento e recorreram ao Tribunal Federal. A advogada Miriam Ventura, do grupo Pela Vidda -que dá assistência a doentes de Aids e seus parentes- vai pedir que as famílias recebam os soldos atrasados e as pensões dos dois. O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Ivan Cardozo, disse que C.S.S. foi afastado por mau comportamento. Ele afirmou não saber do caso de E.F. O Grupo Pela Vidda já entrou com cinco ações pedindo reintegração e passagem para a reserva de militares portadores de HIV afastados das Forças Armadas. Este ano, um cabo da Marinha ganhou a ação, foi reintegrado e mandado para a reserva. Ele não quer ter o nome revelado. Dois outros casos estão na Justiça. Em todos, os militares assumiram manter práticas homossexuais, o que não é permitido pelas normas das Forças Armadas. Miriam disse que os dois ex-cabos contaram que as Forças Armadas fazem testes de detecção do HIV na admissão de recrutas e, depois, de seis em seis meses. ``Eles passam por um inquérito epidemiológico. É uma coisa preconceituosa, que alega que eles, como homossexuais, se expuseram ao risco", disse. Também estão na Justiça seis ações movidas por parentes de soropositivos que não conseguiram cobertura de planos e seguros de saúde para o tratamento de Aids (leia texto ao lado). Só neste mês entra em vigor a resolução do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados), determinando que as seguradoras paguem tratamentos de Aids. Texto Anterior: Para diretor de cadeia, crack causou rebelião Próximo Texto: Pai tenta reembolso de tratamento da filha Índice |
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