São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 1995 |
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Crise prejudica o comércio no RS
BRUNO BLECHER
``O comércio da cidade também está quebrado e o sindicato dos trabalhadores rurais está homologando entre 15 e 20 demissões por dia", diz o agricultor Cesar Augusto Tatsch, 39. Ele arrenda 250 hectares para plantar arroz com o pai e dois irmãos. A família deve o equivalente a 10 mil sacas ao banco. ``Tentamos passar o negócio (arrendamento) para frente, com os galpões e maquinários, mas não encontramos comprador". Além das dívidas no banco, a família Tatsch está ``pendurada" no comércio da região. ``Devo para firmas de herbicidas, postos de combustível e lojas de peças para trator", diz. Chuva na época do plantio e seca na floração da soja, em 94, arruinaram o produtor Danilo Santa Catarina, 43. ``Consegui colher apenas 40% da área que plantei", diz Danilo, que arrenda 500 hectares por ano para soja, arroz e trigo. Nesta safra (95), o clima até que ajudou o gaúcho. ``A produção foi excelente, mas os preços despencaram", diz. ``Renegociei a dívida em cinco parcelas de 5.000 sacas de soja, mas não tenho condições nem para pagar a primeira, que vence nos próximos dias", afirma o produtor. Texto Anterior: Coordenador pede que FHC fique Próximo Texto: Comboio de agricultores chega a 157 caminhões Índice |
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