São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 1995 |
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Argentina joga com time e tática novos
MARCELO DAMATO
As mudanças foram definidas ontem em Salto (480 km a nordeste de Montevidéu), em um treino fechado à imprensa, mas acompanhado pela Folha. Logo na primeira orientação de Passarella, viu-se que o zagueiro Ayala, capitão do time na primeira fase e um dos jogadores prediletos do técnico, fora barrado. Na sua vaga, entra Fabbri. Após o aquecimento, Passarella orientou um treino de posicionamento. Nele, o meia Simeone apareceu como ala esquerda. Atrás, Passarella colocou três zagueiros, Cáceres, Chamot e Fabbri -o último, na sobra. Trata-se de um esquema tático ainda não testado pela Argentina. Nos primeiros jogos, a Argentina jogou num esquema semelhante ao do Brasil, com três meio-campistas à frente da defesa -Simeone, Astrada e Borrelli- e um homem de ligação com o ataque -Gallardo ou Ortega. A principal diferença é que, na Argentina, dos laterais, só Zanetti, pela direita, ataca regularmente. O lateral-esquerdo Chamot marca mais do que apóia. Passarella não deu qualquer comentário sobre o que fez no treino. Saiu do campo direto para o ônibus da seleção e ordenou que seus jogadores fizessem o mesmo. A saída de Ayala não foi uma surpresa. Ele vinha sendo o mais fraco jogador da defesa. Dos quatro gols sofridos pela equipe na primeira fase, dois foram resultados de falhas dele. A mudança na equipe torna mais claro o clima de preocupação que cerca a Argentina. No sábado, Chamot e Cáceres discutiram e teriam trocado safanões. Tentando mostrar confiança, Passarella disse que seu time vai jogar no ataque e provocou o técnico brasileiro. ``A equipe brasileira, devido a seu técnico, dá mais importância à defesa do que ao ataque." LEIA MAIS Sobre a Copa América nas págs. 9 e 10 Texto Anterior: Ginasta do Brasil ganha ouro em Porto Rico; Médicos dizem que é grave estado de Fangio; Receita alemã pode fazer Graf deixar país; Surfe mundial tem etapa na África do Sul Próximo Texto: Jogadores erram cobranças Índice |
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