São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 1995
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``Ser motoboy é divertido"

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem todos os bauzeiros se arriscam por necessidade. Alex Marinho, 18, abandonou o colégio e não quer fazer faculdade. Gosta mesmo é de passar 12 horas por dia correndo pelas ruas de São Paulo.
Ele não precisa do dinheiro de seu trabalho para viver -sua mãe e seu pai preferiam que ele terminasse o colegial. O pai é metalúrgico e a mãe, professora.
Mas Alex escolheu a profissão de bauzeiro porque gosta de velocidade. ``Esse trabalho é muito divertido. É adrenalina pura", diz.
O garoto não se arrepende de ter largado o colégio -estava no terceiro colegial- e conta que quer ser motoboy a vida inteira. Sua mãe é que não gosta da opção. ``Ela fica desesperada", diz.
Ele trabalha há dois anos como entregador. Antes de tirar carta, trabalhava em uma pequena empresa de entregas. ``Nunca pediram a minha carta", diz.
Depois que fez 18 anos, Alex foi contratado por outra empresa, maior, onde ganha três salários mínimos, R$ 300.
Ele vai ao encontro da história que corre entre os motoboys, que diz que, quanto mais novo, mais ``cachorro louco".
``Correr é bom. A adrenalina é muito forte. Além disso, é necessário no dia-a-dia."

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