São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 1995
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Há má fama e há fama de mau

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

E Roger Corman à frente. É um produtor-diretor que nunca desprezou a sensação, nem o sensacionalismo. Um de seus orgulhos, aliás, é ter aberto a via dos filmes sobre motociclistas, na linha contracultural dos anos 60: gangues, baderna, barulho, inquietação marcam esse filme cheio de gente com fama de mau.
Não por acaso, o ator principal do filme é Peter Fonda. Fonda voltaria a essa condição em "Sem Destino, que foi feito em 1969, mas acabou ficando como o filme emblemático do espírito de 1968. E Corman orgulha-se de ser um precursor de "Sem Destino".
Na outra ponta, "Nunca Fui Santa" confronta um ingênuo caubói e uma cantora. A cantora se chama Cherie e é interpretada por Marilyn Monroe. Portanto, tem má fama.
O filme, visto hoje, parece muito balizado pelo texto original de William Inge, escrito para teatro. E Joshua Logan, sabemos hoje com mais clareza, não é nenhum Elia Kazan para transitar do teatro ao cinema sem sentir o tranco.
Mas Marilyn está formidável, continua formidável, e alimenta o confronto entre pureza e impureza com desenvoltura de grande atriz.
(IA)

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