São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995 |
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Filas devem diminuir entre 10 e 15%
CHRISTIAN CARVALHO
O casal mora em Amparo (140 km ao norte de SP). Os passaportes, devidamente carimbados, foram entregues pelo vice-cônsul Grant Deyoe, 27. Leite, funcionário aposentado da ONU (Organização das Nações Unidas), disse que veio com a mulher para São Paulo pensando que receberia o visto de três meses. ``Chegamos às 6h e ficamos cerca de uma hora na fila", disse ele. Filas, aliás, que devem diminuir entre 10% e 15%, segundo o vice-cônsul Deyoe, com a extensão da validade dos vistos. ``Quem for viajar no Natal pode solicitar o visto agora, por meio das agências de viagens, evitando ter de ficar nas filas do final do ano", disse. Deyoe disse que o governo dos EUA não espera que o Brasil amplie também para dez anos a validade dos vistos concedidos a americanos que vêm ao Brasil. ``É um bônus para os brasileiros", disse. No primeiro semestre deste ano, 104.664 vistos foram concedidos só pelo consulado americano em São Paulo -57% a mais que os 66.504 expedidos em 94. Brasília, Rio e Recife também emitem vistos. No início das temporadas de férias (junho e dezembro), cerca 1.200 pessoas formam grandes filas, diariamente, na porta do consulado em São Paulo. Em média, 2.000 vistos são emitidos todos os dias. Há 10% de recusa, segundo o consulado. Em 94, a Flórida (onde fica a Disney World) foi o Estado americano que mais recebeu brasileiros. Foram mais de 300 mil. Em seguida, vieram Nova York (99 mil) e Califórnia (63 mil). Mais de 660 mil brasileiros visitaram os EUA em 94. Cada um gastou, em média, US$ 109 por dia. Se, hipoteticamente, ficaram por pelo menos um dia, gastaram quase US$ 72 milhões -dinheiro que compraria 70 carros Ferrari modelo F50 (US$ 1,15 milhão). Texto Anterior: EUA dão visto de até 10 anos para brasileiros Próximo Texto: Brasil e Reino Unido fazem tratado de extradição Índice |
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