São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995
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Investidores apostam em gols

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os mercados financeiros de São Paulo e do Rio criaram um novo investimento: o GDC, sigla de ``Gols Da Copa".
Na verdade, as três letras escondem uma bolsa de apostas sobre o total de gols que a Copa América terá ao seu final.
Os apostadores são operadores de renda fixa, mercado acionário e de câmbio.
As negociações começaram antes do torneio e continuam até a final, com cotação diária oscilando de acordo com as notícias vindas do Uruguai.
Na semana de estréia do torneio, o mercado fechou acreditando em um total de 72 gols.
Na segunda passada, baixou para 70, já sob efeito do 1 a 0 do Brasil sobre o Equador.
Ontem, ``fechou" em 70.
Munidos com os dados atualizados, somados à história da competição, os participantes especulam sobre o mercado futuro de gols.
As apostas são feitas entre 9h e 17h. Os operadores financeiros aproveitam as ligações comerciais para arriscar dinheiro.
As apostas são, em média, de R$ 50, mas há quem se aventure com quantias superiores até a R$ 1.000.
O jogo é feito entre dois competidores, um apostando que o torneio terá mais que, por exemplo, 65 gols. O outro aposta em menos gols.
Se a competição se encerrar com 66 gols, vence quem apostou em mais gols do que 65.
Até a rodada de ontem, a média era de 2,75 gols por jogo. Caso a média seja mantida, o torneio terá, ao final, 71 gols.

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