São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 1995
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Veja quando substituir peças da suspensão

MARCELO TADEU LIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os componentes da suspensão -amortecedores, molas, bandejas e buchas, entre outras peças- são elementos vitais para a segurança.
A suspensão, em mau estado, compromete a dirigibilidade e a estabilidade do veículo.
A vida útil das peças varia de acordo com o modo de dirigir, modelo e tempo de uso do veículo, condições do piso e quantidade de carga transportada.
Fabricantes de amortecedores e molas recomendam a troca -em média- a cada 30 mil km e 50 mil km, respectivamente.
``Os amortecedores, em mau estado de conservação, comprometem a estabilidade em curvas e terrenos acidentados", diz Irineu Pereira, da Ponte Pneus.
O amortecedor tem como principal função manter por maior tempo as rodas do carro em contato com o chão.
O componente atua na suspensão reduzindo o balanço do veículo durante a passagem por irregularidades do piso.
Os amortecedores podem ser convencionais -que equipam a maioria dos veículos nacionais - ou pressurizados -usados em modelos esportivos ou mais luxuosos.
O funcionamento dos dois modelos é parecido.
Os amortecedores convencionais têm óleo no seu interior. São ainda 30% a 40% mais baratos que os pressurizados.
Os pressurizados contêm gás sob pressão, em vez de óleo. São mais rígidos e mais eficientes, porque evitam a formação de bolhas de ar no fluido que diminuem sua ação -problema comum nos convencionais.
Na hora de substituir os amortecedores, nunca reponha apenas uma peça, devido à diferença de pressão dos componentes novos e usados. A troca deve ser sempre feita em pares, dianteiros ou traseiros.
Ruídos metálicos, rachaduras ou vazamento de óleo são sinais mais evidentes que os componentes necessitam de reposição.
Um teste simples para verificar se os amortecedores estão em bom estado pode ser feito na garagem.
Pressione com as duas mãos o capô do veículo e empurre para baixo, com força.
Se o veículo balançar três ou mais vezes, os amortecedores provavelmente estão gastos.
As molas atuam em conjunto com os amortecedores e absorvem os primeiros impactos do veículo com as saliências do solo.
Elas se comprimem e respondem com uma força contrária de mesma intensidade.
É justamente na volta da mola à posição original que o amortecedor exerce seu papel -suaviza o movimento, evitando que o carro pule a cada pequeno impacto.
Excesso de carga e buracos podem causar danos às molas.
Barulhos metálicos próximos às rodas e inclinações acentuadas na carroceria -atrás ou na frente- são os problemas mais comuns quando há danos.
Existem dois tipos de molas que equipam os veículos: as helicoidais -tipo espiral, comuns em carros de passeio- e as semi-elípticas -em feixes, mais utilizadas em picapes e caminhões, por suportar maior peso.
Alguns carros da linha Fiat, como o Uno, utilizam um sistema misto, com molas helicoidais na frente e semi-elípticas atrás.
As molas helicoidais perdem o poder de absorção quando seus elos encostam uns nos outros.
Os problemas mais comuns nas molas semi-elípticas são quebras nas lâminas.

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