São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Venda de energéticas chega à Assembléia

CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Energia de São Paulo, David Zylbersztajn, encaminha à Assembléia Legislativa no início de agosto o projeto que prevê a privatização parcial das empresas energéticas do Estado.
Pela proposta, o Estado criaria empresas subsidiárias a partir da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) e Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo S.A.), que seriam repassadas à iniciativa privada.
As atuais empresas energéticas do Estado seriam divididas de acordo com suas atividades (geração, transmissão e distribuição de energia), dando origem a subsidiárias com caráter jurídico próprio, abertas ao capital privado.
O Estado ficaria responsável apenas pelas subsidiárias de transmissão. As demais seriam abertas ao setor privado.
Para Zylbersztajn, “a proposta não é uma privatização no sentido mais conhecido da palavra”.
“Queremos a capitalização dessas empresas com a incorporação do capital privado por meio das subsidiárias que serão criadas.”
Relatório da secretaria diz que o objetivo da proposta é proporcionar condições de maior competição e eficiência das empresas, reduzir custos para o consumidor e valorizar o patrimônio público investido pelo Estado nas empresas.
O projeto final está em elaboração. A proposta prevê ainda a criação da Comissão de Serviços Públicos de Energia, para a fiscalização e regulamentação do setor.

Resistência
A Folha apurou que a proposta deve enfrentar resistências na Assembléia, inclusive dentro de parte da bancada de apoio ao governo.
Parte do PTB, que até agora votou a favor dos projetos do governo Covas, é contrária à proposta.
Além disso, as bancadas de oposição -PMDB, PC do B e PT- são contra a participação da iniciativa privada no setor.

Texto Anterior: Pefelista desafia o ministro
Próximo Texto: Telefônica de Ribeirão vai ter ações em Bolsa
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.