São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 1995
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Firmas alugam depósitos para armazenagem

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem precisa guardar móveis e objetos e não tem espaço em casa ou no escritório pode contar com firmas especializadas neste tipo de serviço. Há desde os depósitos tradicionais, oferecidos por empresas de mudança, até os de atendimento self-service.
Todas as empresas fazem contratos mensais e exigem que o cliente faça seguro dos bens guardados. Nenhuma inclui o transporte no preço da armazenagem.
Na região central da cidade, foi inaugurada há dois meses a Brasil Storage, que adota o self-service.
O sistema é computadorizado. ``Funciona como um cofre de banco, não sabemos o que fica guardado lá dentro", diz Antonio Belotti, 36, sócio da Brasil Storage.
O cliente, que pode ser pessoa física ou jurídica (empresas), dispõe de 351 miniarmazéns de diferentes tamanhos, feitos de chapas de aço e com portas individuais.
O menor mede 6,75 m3 e o maior, 45 m3. Ao fazer o contrato para guardar seus objetos, a pessoa escolhe o tamanho do miniarmazém, define uma senha de acesso ao prédio e recebe uma chave.
É preciso digitar essa senha ao chegar ao local, para que a porta do pátio de carga e descarga se abra. O próprio cliente descarrega seus objetos, podendo utilizar os carros-plataforma do pátio para levá-los até o miniarmazém.
A pessoa guarda os objetos e tranca o box com a chave recebida no contrato. Apenas o cliente tem acesso a seu miniarmazém. A empresa não possui cópia da chave.
``Ao assinar o contrato, a pessoa se compromete a não guardar materiais perecíveis, inflamáveis ou ilegais", diz Antonio Belotti.
A segurança dos miniarmazéns é feita com 21 câmeras de circuito fechado. A pessoa pode entrar, sair e pegar objetos sem comunicar a empresa anteriormente.
A Kipit, em Santo Amaro, funciona nos mesmos moldes da Brasil Storage. Se o cliente desocupar o box antes do término do contrato, recebe a diferença de volta.
Nos guarda-móveis tradicionais, o atendimento é diferente. A empresa manda funcionários à residência ou escritório do cliente para avaliar a metragem dos móveis e objetos e o tipo de embalagem necessária para o armazenamento.
Os objetos são embalados e levados para o depósito, onde são guardados em lift vans ou storage vans (espécie de contêiner de madeira com cerca de 10 m3). Num lift cabe, em média, dez fogões.
A empresa faz um inventário de tudo que ficará armazenado em seu depósito e dá uma cópia para o cliente, que paga pelo contêiner inteiro mesmo que seus objetos não ocupem o espaço todo.
``A pessoa ocupa sozinha cada lift van, é razoável que ela pague por aquele espaço", diz José Júlio Pires, 45, gerente de marketing da Granero Transporte Ltda..
Se o cliente for ocupar mais de 10 m3, entretanto, ele paga a diferença somente dos metros a mais.
As empresas não costumam estipular um prazo máximo para a retirada dos objetos. ``Há clientes com móveis armazenados aqui há mais de 20 anos", diz Marcos Rister, 33, coordenador de vendas da Transportes Fink S.A..
Na Riachuelo, o período máximo de estadia dos objetos (embalados em grandes caixotes de estrado -os palets) é de seis meses.

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