São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 1995
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``Romeu e Julieta" discute a violência

O balé traz samba, bolero e funk

DA SUCURSAL DO RIO

Balé: Romeu e Julieta
Direção: Sergio Britto
Coreografia: Renato Vieira
Onde: teatro Delfin (r. Humaitá, 275, Humaitá, zona sul, tel. 021/286-1497, Rio)
Quando: quinta a domingo, às 21h
Quanto: R$ 15,00 (quinta e domingo) e R$ 18,00 (sexta e sábado)

A violência urbana, o tráfico de drogas e o racismo formam o pano de fundo da versão de balé do ator e diretor Sergio Britto para a peça de Shakespeare ``Romeu e Julieta".
Com 16 bailarinos, Brito conta uma das mais trágicas histórias de amor do teatro misturando ritmos variados como samba, tango, bolero e funk.
Mas este balé/teatro de 55 minutos é apenas inspirado na peça do autor inglês, sem segui-la literalmente. ``Não estou respeitando Shakespeare, mas estou fazendo com muito respeito", diz Britto.
Lidando com símbolos da cultura brasileira, como o candomblé, o diretor e roteirista do espetáculo foi buscar no preconceito racial o fio condutor do seu ``Romeu e Julieta".
O negro Romeu (Mario Dimitri) e a branca Julieta (Paula Aguas) são filhos de grandes traficantes de drogas do Rio de Janeiro. No passado, o pai de Romeu matou o tio de Julieta.
Jonas (Sergio Menezes), pai de Julieta, não perdoa. Em meio a este caldeirão de violência, o casal se vê impedido de continuar sua louca paixão.
O coreógrafo Renato Vieira criou um espetáculo ``muito forte", diz o diretor.

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