São Paulo, domingo, 23 de julho de 1995 |
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FHC vai a Goiás Velho e Anápolis, onde viveram seu bisavô e seu avô
WILLIAM FRANÇA
Na programação oficial estão reservados 40 minutos para que FHC reveja familiares que vivem em Goiás Velho, antiga capital do Estado (a 144 km de Goiânia). Pela manhã, na cidade -tombada pelo patrimônio histórico-, o presidente vai acompanhar o lançamento do programa de cestas básicas do governador Maguito Vilela (PMDB) e anunciar ações do Programa da Comunidade Solidária para o Estado. A ligação da família de FHC com Goiás data do final do século passado. Seu bisavô, brigadeiro Felicíssimo do Espírito Santo Cardoso, morou em Goiás Velho e foi governador goiano entre dezembro de 1888 e março de 1889. Nesse período, ficou na memória da cidade por ter construído um observatório astronômico. Os cartórios de Goiás guardam o registro do casamento de Felicíssimo com Emerenciana Vivência de Azeredo -bisavó de FHC. O casal teve dois filhos: o general Augusto Inácio Espírito Santo Cardoso e o marechal Joaquim Inácio Batista Cardoso, avô do presidente. No Palácio Conde dos Arcos, antiga sede do governo, está o único registro do bisavô Felicíssimo: uma foto desgastada numa galeria. Nesse palácio, onde hoje funciona um museu, FHC terá um encontro reservado com os familiares, bastante distantes na sua árvore genealógica. Não há registros, nem no cemitério nem no cartório, do local onde o bisavô de FHC foi enterrado. No início da tarde, em Anápolis (57 km de Goiânia), o presidente vai ter um encontro com políticos do PSDB local. Ele ficará apenas 40 minutos na base aérea da cidade -responsável pela segurança aérea de Brasília. Também em Anápolis, FHC tem raízes. Uma rua da cidade traz o nome de seu avô paterno. Ela foi batizada com o nome do então general Joaquim Inácio em homenagem ao período em que ele comandou a unidade do Exército na região. A história registra que Joaquim Inácio foi republicano, abolicionista e trabalhou com Floriano Peixoto. Junto com Hermes da Fonseca, foi o único general que apoiou o movimento tenentista de 1922. Protesto Paulo Farias, assessor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Goiás, disse que os servidores públicos do Estado farão um protesto durante a visita de FHC a Goiás Velho. O objetivo seria denunciar o não-cumprimento de lei salarial pelo Estado. Colaborou a Redação Texto Anterior: Indústria química vai apoiar IPMF de Jatene Próximo Texto: Fleury defende Iris para presidir peemedebistas Índice |
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